quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Presidente da Vale criticado por senadores e deputados. Arthur Virgílio, PSDB, apóia atitudes da Vale.



O líder do governo do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), criticou a proposta do presidente da Vale, Roger Agnelli, de rever os direitos trabalhistas sob argumento de evitar demissões. De acordo com Jucá, “pode-se até pensar em mecanismos de apoio (às empresas). O governo está aberto à discussão tecnicamente. Mas falar em mudar a lei, em quebra de relação de contrato de trabalho, não é possível”, afirmou o senador.

Na Câmara dos Deputados, a proposta de Agnelli de “flexibilizar os direitos” dos trabalhadores também foi condenada: “A bancada do PT é contra essa discussão. Não existe qualquer hipótese de apoiarmos medidas nesse sentido”, destacou o líder do PT na Câmara, o deputado Maurício Rands (PE).

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, destacou que proposta de Agnelli é “para encobrir as demissões que fez na Vale”. “Ele demitiu primeiro, para propor mudanças temporárias para os outros depois. Ele devia gastar um pouco do dinheiro que ganhou em vez de tirar direito do trabalhador”.

A resposta da Câmara à tentativa de Agnelli de, entre outras coisas, reduzir a jornada de trabalho com redução de salário, foi instalar, na terça-feira (16), a comissão especial para analisar o projeto de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Para o relator do projeto, o deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), “quando a Vale estava lucrando seus bilhões, ele estava calado. Agora, que a empresa ainda continua ganhando muito, surge essa proposta. Se vier a proposta de flexibilização de leis trabalhistas para cá, não aceitamos. Posso garantir uma coisa: Vai ter briga”.

No Senado, a voz destoante dos parlamentares foi a do líder do PSDB, Artur Virgílio. Para ele, “é preciso abandonar o preconceito em relação à legislação trabalhista”.

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