segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

E AGORA, JOSÉ? (Serra)

Será TAMBÉM que é CULPA DO LULA?


De acordo com testemunhas, o protesto teria começado por causa da morte de um morador da região durante uma ação policial. A morte teria ocorrido por volta das 12h30 de domingo (1°), durante um patrulhamento de rotina da polícia.



A PM informou que o homem dirigia um Stilo roubado, não parou diante de um bloqueio policial e atirou contra os policiais. Na troca de tiros, ele foi atingido e não resistiu apesar de ter sido socorrido. Era foragido da penitenciária de Franco da Rocha.



Paraisópolis, a segunda maior favela da cidade de São Paulo, está em uma das áreas mais caras da cidade, o bairro do Morumbi. Possui mais de 84 mil moradores, de acordo com a Suprefeitura de Campo Limpo.

A favela é constituída de três complexos (Paraisópolis, Jardim Colombo e Porto Seguro) que ocupam uma área de um milhão de metros quadrados, o correspondente a quase 100 hectares.

Secretário diz que Paraisópolis ficará cercada
Ronaldo Marzagão chegou à favela por volta das 20h30.
Um comandante e outros dois PMs foram atingidos por tiro.


Após um confronto que deixou pelo menos três policiais feridos e um rastro de vandalismo em Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, a Polícia Militar mantém cerca de 120 homens no local na noite desta segunda-feira (2). Manifestantes destruíram carros e fecharam ruas para protestar contra a morte de um morador durante uma ação policial ocorrida no domingo (1º).



O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Augusto Marzagão, esteve no local e anunciou que a PM vai manter o local cercado até que sejam restabelecida a ordem. “Essa situação não deveria acontecer, não pode acontecer”, disse o secretário, que adiantou: “a determinação é para que a área fique saturada [policiada intensamente]. A operação irá até a hora que for necessária”, disse.

Maragão afirmou que “a situação é grave", mas que está controlada. “Nós temos a obrigação de agir dentro da lei. Não podemos responder com violência”, complementou. O secretário disse que foi até o local para “dar apoio aos policiais que estão trabalhando” e que as causas do tumulto só serão comprovadas após investigações.



Policiais feridos

Segundo a secretaria de Segurança, três policiais ficaram feridos, entre eles está um comandante. Eles foram levados para o Pronto-socorro do Hospital São Luiz e para o Hospital Albert Einstein. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.





Ao todo, 120 policiais e 60 carros estavam na favela desde as 20h30, incluindo homens da Tropa de Choque, da Força Tática e do policiamento do bairro. Nove pessoas foram detidas e encaminhadas ao 89º Distrito Policial, sendo seis menores de idade.



A confusão começou na região quando manifestantes entraram em confronto com policiais militares por volta das 17h. O grupo interrompeu o trânsito em uma das principais avenidas da região e protagonizou muitas cenas de vandalismo. Manifestantes queimaram carros e pedaços de madeira, interditando algumas vias de acesso da favela.



A Tropa de Choque e o helicóptero Águia da Polícia Militar foram acionados para desobstruir as ruas. Bombas de efeito moral foram lançadas pela polícia para afastar os manifestantes. Fogos de artifício foram lançados na direção do helicóptero da PM.


Carros foram depredados e incendiados. Um restaurante na Avenida Giovanni Gronchi foi depredado por homens que tentavam interditar a avenida e foram impedidos pela polícia. Pelo menos sete pontos de bloqueio foram verificados dentro da favela. Em apenas uma rua, oito veículos foram queimados.



Na Rua Doutor Flávio Américo Maurano, altura do número 1.000, uma Kombi foi tombada e, após ter sido colocada em chamas, foi usada como bloqueio contra o avanço dos policiais. A polícia não divulgou um balanço dos prejuízos provocados pelo bando.

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