O governo de São Paulo promete manter cercada por tempo indeterminado a favela de Paraisópolis, palco de graves cenas de violência na segunda-feira. De acordo com o secretário da Segurança Pública Ronaldo "azarão" Marzagão, o confronto dos policiais no local não foi travado com moradores, e sim com bandidos que atuam na região. Por isso, todos os acessos à favela serão policiados de forma ininterrupta. "Esses bandidos ficarão cercados e serão presos nos próximos dias", afirmou ele.
De acordo com Marzagão, a polícia paulista vai agir para "proteger a população de bem e, ao mesmo tempo, dar uma resposta aos criminosos". Sobre a causa do choque de segunda, o secretário afirmou que "não parecia que tivesse sido provocado por moradores da favela". "A maioria que vive ali é de gente de bem, que não atira na polícia." Conforme ele, a ação parece ter sido preparada com antecedência. "Mas aqui em São Paulo não há lugar impenetrável para a polícia."
O confronto ocorrido na segunda-feira na favela, localizada na zona sul de São Paulo, teve início no fim da tarde e deixou pelo menos seis pessoas feridas, sendo que duas residem na favela e quatro são policiais. A confusão começou quando a rua Francisco Tomás de Carvalho, que dá acesso à avenida Giovanni Gronchi, foi fechada. No total, nove pessoas foram detidas, incluindo três menores. "Essa situação não pode acontecer. A operação irá até a hora que for necessária", disse Marzagão.
Para o bloqueio da via foram usados pneus e veículos incendiados, dificultando a aproximação dos policiais. De acordo com a PM, o protesto seria uma reação à morte de um morador durante uma ação realizada no domingo. A polícia informou ainda que o homem era foragido e resistiu à prisão. De acordo com o coronel Danilo Antão, que comandou a operação militar, os traficantes da região incitaram o ato. Os policiais foram recebidos com paus e pedras pelos envolvidos no tumulto.
Nossa... COMO TEM BANDIDOS EM SÃO PAULO!
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