segunda-feira, 2 de março de 2009

Agaciel Maia

Cuidado com o Agaciel

Não é fácil enfrentar Agaciel Maia, diretor-geral do Senado, acusado pelo Ministério Público de envolvimento num esquema de fraude de licitações na Casa em 2006. Ninguém conhece mais profundamente a vida pregressa dos 81 senadores e a folha corrida de alguns deles.

Não é a primeira vez que Agaciel é acusado de irregularidades. Em 2005, o Ministério Público pediu o bloqueio de seus bens pessoais por causa de compras superfaturadas de equipamentos. Aquele caso não seguiu adiante, mas a Operação Mão-de-Obra, da Polícia Federal, que investigava fraudes na contratação de funcionários terceirizados, avançou o suficiente para obter um mandado de busca e apreensão de documentos e computadores da sala de Agaciel.

Não deu em nada porque a PF avisou na véspera ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que faria a busca, e este, naturalmente, acionou Agaciel Maia para "acompanhar a ação dos agentes". Quando chegaram ao gabinete, de manhã, os policiais não encontraram nada importante - nenhum documento, nenhum CD, nenhum arquivo de computador sobre a contratação de terceirizados.

Renan, José Sarney e Antônio Carlos Magalhães (Que o DIABO o tenha) são padrinhos de Agaciel Maia. Ele é diretor do Senado há uma década, apoiado por estes e muitos outros senadores. Há alguns anos, quando esteve ameaçado de perder o cargo por injunções políticas, fechou o Porcão de Brasília para mais de mil funcionários da Casa, em busca de apoio. Conseguiu.

Jornais e revistas evitam falar mal dele. Do orçamento de mais de R$ 1 bilhão que ele administra com mão de ferro também saem verbas de publicidade para muitas publicações. Eu acho que a GLOBO e a FALHA DE SÃO PAULO ficaram sem um POUQUINHO DESSA VERBA...

Jornal 'Folha de S.Paulo' diz que casa não-declarada vale R$ 5 milhões.
Agaciel Maia nega valor e diz que imóvel está cotado em R$ 2,5 milhões.

Do G1, em Brasília, com informações da TV Globo
O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, negou nesta segunda-feira (2) ter omitido em suas declarações de imposto de renda a casa onde mora no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, comprada em 1999.



Veja imagens da casa CLIQUE AQUI



Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” afirma que Agaciel registrou o imóvel no nome do irmão, o deputado federal João Maia (PR-RN), pois estaria com os bens bloqueados.



A casa tem três andares, cinco quartos e cerca de mil metros quadrados de área. Imagens feitas pela TV Globo mostram uma piscina em forma de taça, um campo de futebol que vai até o final do terreno e um pequeno píer. A “Folha” afirma que o imóvel vale R$ 5 milhões –Agaciel nega e estima o valor em R$ 2,5 milhões, por conta de, segundo ele, uma usina de tratamento de lixo que fica em frente ao lote.

Outro lado

Na reportagem do jornal, o diretor-geral reconhece a compra do imóvel no nome de seu irmão devido aos problemas judiciais. Nesta segunda-feira, no entanto, ele voltou atrás. Disse que não estava com os bens indisponíveis na época e apresentou uma declaração de Imposto de Renda relativa a 1996 na qual consta a compra do lote.

Agaciel afirma que a compra do lote foi realizada primeiro por seu irmão porque ele estava tentando ainda vender a casa em que morava, no mesmo bairro. Posteriormente, assinou um contrato de compra e venda do imóvel, mas o diretor-geral do Senado disse que errou ao não registrar a casa em uma escritura.



O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pediu nesta segunda ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue a evolução patrimonial do diretor-geral.

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