A taxa de desemprego medida pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos) em seis das principais regiões metropolitanas do país registrou em janeiro o menor índice para o mês desde 1998, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26).
De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego total (aberto mais oculto) em janeiro foi de 13,1% da população economicamente ativa nestas regiões, recuo de mais de um ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2008. Na comparação com desemprego do ano passado, houve aumento de 0,4 ponto percentual, resultado que, para o Dieese, é comum nesse período.
Na análise por região, o desemprego recuou em quase todas na comparação anual, com exceção de Recife (aumento de 0,5%). Nas demais o recuo foi de 20% em Belo Horizonte; 10% em Porto Alegre; 8,1% em São Paulo; 7,1% no Distrito Federal; e 2% em Salvador.
O nível de ocupação no conjunto das regiões pesquisadas aumentou 2,6%. Nos últimos doze meses, foram geradas 440 mil novas ocupações, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (261 mil), o que reduziu o contingente de desempregados em 180 mil pessoas.
Na mesma base de comparação, a ocupação cresceu em praticamente todas as regiões pesquisadas: 4,7% no Distrito Federal; 3,9% em Porto Alegre e Recife; 2,8% em São Paulo; e 1,8% em Belo Horizonte. Apenas em Salvador o nível diminuiu (1,5%).
O número de postos de trabalho no conjunto das regiões pesquisadas aumentou em quase todos os setores de atividade analisados: 295 mil nos Serviços (3,3%); 78 mil no Comércio (2,8%); 43 mil na Indústria (1,6%); e 37 mil na Construção Civil (3,8%). Somente no agregado Outros Setores houve redução de 16 mil postos (0,9%).
Entre dezembro de 2007 e de 2008, o rendimento médio real dos ocupados no conjunto das regiões pesquisadas cresceu 2,9%. Essa variação refletiu aumentos verificados em Belo Horizonte (10,2%), Distrito Federal (7,9%), Salvador (5,7%) e Recife (4,5%). Em São Paulo e em Porto Alegre esse indicador apresentou ligeiras variações (0,4% e - 0,3%, respectivamente).
A massa de rendimentos reais dos ocupados cresceu 6,9%, resultado de aumentos do nível de ocupação e do rendimento médio. A massa salarial elevou-se em 8,5%, principalmente pela expansão do nível de emprego, uma vez que foi bem menor a contribuição do salário médio real.
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