terça-feira, 24 de março de 2009

O MISTÉRIO QUE CERCA O MENSALÃO

A VERDADE É UMA SÓ: NÃO QUEREM QUE A VERDADE VENHA À TONA!
Bastou a imprensa publicar a intenção(?) de Marcos Valério em colocar a boca no trombone sobre o mensalão, incentivado pelo vice José Alencar, que os "coelhos" começaram a sair da moita.

O coelhão mais ladino,Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), limitou-se a dizer que a delação premiada é “um processo legítimo”, aprovado pelo Congresso. Entretanto, não quis comentar especificamente sobre o caso que envolve Marcos Valério. “É uma matéria que tem que ser examinada no âmbito da Procuradoria Geral da República”, afirmou.

“O instituto é legítimo, vem sendo utilizado aqui e acolá. Mas não conheço o caso (de Valério)”, afirmou.



Ministério Público assegura que não há entendimento com defesa de Valério por redução de pena


Procuradoria nega delação

Decisão sobre o benefício cabe ao Supremo, que deve votar em plenário

A Procuradoria Geral da República (PGR) negou ontem qualquer negociação com o empresário Marcos Valério para uma delação premiada no processo que apura o mensalão. Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", os advogados de defesa estariam negociando com o Ministério Público Federal a apresentação de novas provas da existência do esquema, além de meios para recuperar recursos desviados no exterior, em troca de uma redução de pena, caso haja uma condenação. No início das investigações, em 2005, o procurador Antônio Fernando de Souza já havia negado o benefício da delação premiada ao empresário mineiro.

Procurado, o advogado de defesa de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, também disse desconhecer algo semelhante. "Não tem nenhuma negociação, nenhuma conversa sobre isso", garantiu.

Na denúncia feita ao Supremo Tribunal Federal (STF), que gerou o processo do mensalão, o procurador Antônio Fernando de Souza chegou a dizer que Valério apresentava um "pseudointeresse em colaborar com as investigações".

A assessoria da PGR informou que esse tipo de negociação não está ocorrendo em Brasília. O Ministério Público Federal de Minas Gerais, onde o empresário responde a processos por crimes fiscais e contra a ordem tributária, derivados da ação que apura o mensalão, também negou qualquer tipo de negociação sobre a delação premiada.

Dificuldade. Mesmo se as negociações estiverem acontecendo sob sigilo, como informou a "Folha de S.Paulo", não há garantia de que o benefício de redução da pena seja concedido a Marcos Valério. A decisão é do Supremo. Embora o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, já tenha se manifestado em outros questionamentos a favor da delação premiada, a concessão deve ser levada à votação em plenário do STF, com a participação de todos os integrantes da Corte.

O empresário Marcos Valério é acusado de ser o operador de um esquema de pagamento de dinheiro a deputados federais da base aliada em troca de apoio aos projetos do governo. Ele e mais 38 pessoas entre deputados, ex-ministros e dirigentes de partidos são réus no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.

Em Minas Gerais, os depoimentos das testemunhas de defesa dos acusados de envolvimento no esquema ocorrem desde o dia 9 de março na Justiça Federal.

Entenda
Tentativa. Marcos Valério já tentou o benefício da delação premiada em 2005, sem sucesso. O procurador Antônio Souza disse, na denúncia, que o empresário tinha "pseudointeresse" em ajudar.


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Repercussão

“Queremos a verdade”, diz José Alencar


Brasília. O vice-presidente José Alencar afirmou ontem que a possibilidade de Marcos Valério optar pela delação premiada no caso do mensalão deve ser “aplaudida”. “Desejamos que venha à tona toda a verdade. Nós queremos a verdade”, disse.

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