No último dia 7, vários servidores públicos do Estado de Minas Gerais foram para as ruas mostrar a insatisfação com a falta de reajuste, já que o Governo do Presidenciável Aécio Neves teria alegado que, este ano, não concederia aumento por causa da crise econômica mundial.
Segundo um Servidor Administrativos da Educação, em contato com o Blog, a luta é por melhores condições de trabalho e uma remuneração digna de um servidor público estadual.
"O Governo AÉCIO NEVES recusa-se a atender nossas reinvidicações argumentando ser decorrente da "crise internacional". A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais estaria "proibida" de conceder qualquer reajuste ou aumento salarial.
O curioso é que na esfera federal, a crise não impediu uma previsão positiva para o salário mínimo. Na esfera estadual Minas Gerais anuncia que receberá R$19 bi em investimentos provenientes de contrato com uma famosa metalúrgica mineira.
Que crise é esta, que só afeta a dignidade de quem contribui para a educação de Minas Gerais"?
Em Juiz de Fora, cerca de 30 pessoas foram para a esquina das avenidas Brasil e Rio Branco, no Manoel Honório, e "deram seu recado" com faixas pedindo a valorização da categoria. Durante a manifestação, alguns colocaram "nariz de palhaço" e usaram apitos e buzinas para chamar atenção de quem passava pelo local.
Desde março, os servidores técnicos da Educação estão realizando protestos pacíficos em mais de 40 cidades do Estado de Minas. Eles escolheram o quinto dia útil do mês para fazer as manifestações, na data em que recebem o pagamento.
— Se não negociarem com a gente, continuaremos parando as atividades e vindo para as ruas mostrar nossa insatisfação — disse o técnico da Educação Paulo Henrique Ramos, durante a manifestação.
Descaso
Em 2001, o Governo de Minas abriu concurso para técnico da Educação. Segundo edital, os aprovados passariam a trabalhar em setores administrativos ligados à Secretaria e às Superintendências Regionais de Ensino, ganhando salário-base de R$ 660. Quatro anos depois, outro processo seletivo foi realizado para completar vagas ociosas. O novo edital previa as mesmas funções, a mesma carga horária e o mesmo salário. De acordo com representantes da categoria, atualmente, além de não terem recebido reajuste no vencimento básico, ainda perderam benefícios como pode ser observado nos contracheques abaixo.
Em 2003, apesar de o concurso ter anunciado que o piso dos novos efetivos seria de R$ 660, o vencimento básico era de R$ 449,10. No entanto, o funcionário tinha benefícios, como auxílio refeição, que faziam com que o valor chegasse a R$ 740, sem os descontos de assistência previdenciária. No total, o servidor recebia R$ 646,28 no final do mês. O contracheque apresentado é de janeiro de 2003, quando o salário mínimo era de R$ 200. Em abril daquele mesmo ano, passou a ser R$ 240.
Na análise do último contracheque recebido pela categoria é possível observar como o salário dos servidores está defasado em relação ao mínimo atual. No item vencimento básico, passou a figurar o valor de R$ 660. No entanto, a listagem de benefícios foi reduzida para apenas o auxílio transporte. No total das vantagens, passaram a receber R$ 690.
AUXÍLIO TRANSPORTE
Outro ponto que a categoria chama a atenção é para o valor do auxílio transporte.
Desde 2003 os servidores recebem R$ 30 mensalmente para se deslocarem ao serviço. Se tomarmos por base 20 dias de trabalho em um mês, eles ganham R$1,50 por dia para pagarem as passagens de ônibus.
Em 2003, o valor era insuficiente para as duas tarifas em Juiz de Fora, já que o valor de cada uma delas era de R$ 1,10. Hoje, com o valor recebido diariamente pela categoria, é impossível pagar sequer uma passagem, que custa R$ 1,55.
Na pauta de reivindicações ainda estão a concessão de promoção por escolaridade adicional automática a todos aqueles que concluírem graduação e posicionamento por tempo de serviço.
Segundo um Servidor Administrativos da Educação, em contato com o Blog, a luta é por melhores condições de trabalho e uma remuneração digna de um servidor público estadual.
"O Governo AÉCIO NEVES recusa-se a atender nossas reinvidicações argumentando ser decorrente da "crise internacional". A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais estaria "proibida" de conceder qualquer reajuste ou aumento salarial.
O curioso é que na esfera federal, a crise não impediu uma previsão positiva para o salário mínimo. Na esfera estadual Minas Gerais anuncia que receberá R$19 bi em investimentos provenientes de contrato com uma famosa metalúrgica mineira.
Que crise é esta, que só afeta a dignidade de quem contribui para a educação de Minas Gerais"?
Em Juiz de Fora, cerca de 30 pessoas foram para a esquina das avenidas Brasil e Rio Branco, no Manoel Honório, e "deram seu recado" com faixas pedindo a valorização da categoria. Durante a manifestação, alguns colocaram "nariz de palhaço" e usaram apitos e buzinas para chamar atenção de quem passava pelo local.
Desde março, os servidores técnicos da Educação estão realizando protestos pacíficos em mais de 40 cidades do Estado de Minas. Eles escolheram o quinto dia útil do mês para fazer as manifestações, na data em que recebem o pagamento.
— Se não negociarem com a gente, continuaremos parando as atividades e vindo para as ruas mostrar nossa insatisfação — disse o técnico da Educação Paulo Henrique Ramos, durante a manifestação.
Descaso
Em 2001, o Governo de Minas abriu concurso para técnico da Educação. Segundo edital, os aprovados passariam a trabalhar em setores administrativos ligados à Secretaria e às Superintendências Regionais de Ensino, ganhando salário-base de R$ 660. Quatro anos depois, outro processo seletivo foi realizado para completar vagas ociosas. O novo edital previa as mesmas funções, a mesma carga horária e o mesmo salário. De acordo com representantes da categoria, atualmente, além de não terem recebido reajuste no vencimento básico, ainda perderam benefícios como pode ser observado nos contracheques abaixo.
Em 2003, apesar de o concurso ter anunciado que o piso dos novos efetivos seria de R$ 660, o vencimento básico era de R$ 449,10. No entanto, o funcionário tinha benefícios, como auxílio refeição, que faziam com que o valor chegasse a R$ 740, sem os descontos de assistência previdenciária. No total, o servidor recebia R$ 646,28 no final do mês. O contracheque apresentado é de janeiro de 2003, quando o salário mínimo era de R$ 200. Em abril daquele mesmo ano, passou a ser R$ 240.
Na análise do último contracheque recebido pela categoria é possível observar como o salário dos servidores está defasado em relação ao mínimo atual. No item vencimento básico, passou a figurar o valor de R$ 660. No entanto, a listagem de benefícios foi reduzida para apenas o auxílio transporte. No total das vantagens, passaram a receber R$ 690.
AUXÍLIO TRANSPORTE
Outro ponto que a categoria chama a atenção é para o valor do auxílio transporte.
Desde 2003 os servidores recebem R$ 30 mensalmente para se deslocarem ao serviço. Se tomarmos por base 20 dias de trabalho em um mês, eles ganham R$1,50 por dia para pagarem as passagens de ônibus.
Em 2003, o valor era insuficiente para as duas tarifas em Juiz de Fora, já que o valor de cada uma delas era de R$ 1,10. Hoje, com o valor recebido diariamente pela categoria, é impossível pagar sequer uma passagem, que custa R$ 1,55.
Na pauta de reivindicações ainda estão a concessão de promoção por escolaridade adicional automática a todos aqueles que concluírem graduação e posicionamento por tempo de serviço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário