Segundo dados da Serasa, o aumento da inadimplência do consumidor em março foi de 22,6% em relação ao mês anterior. No trimestre, as dívidas dos bancos aumentaram 43,4% e, com os cartões de crédito, 37,1%. "Esses números expressam a falta de rumos deste governo", criticou o parlamentar.
Pannunzio lembrou que mesmo depois de setembro do ano passado, "quando todo o mundo tomava consciência da crise e se preparava para enfrentá-la", o presidente Lula convocava a população a manter os seus planos de consumo. "No mesmo tom de imprevidência e falta de planejamento, Lula fez igual apelo de gastança a prefeitos e governadores, movido apenas pela obsessão em fazer propaganda eleitoral do PAC", reprovou.
O tucano criticou, ainda a propaganda ostensiva dos empréstimos descontados na folha dos aposentados do INSS. Lembrou que o governo utilizou até mesmo uma carta assinada pelo presidente Lula, no formato de mala-direta, considerada irregular pelo TCU. "Milhares de aposentados e pensionistas do INSS que acreditaram, de boa fé, no conto do governo, vivem hoje situações de embaraço e aflição", reprovou.
Munido de dados, Pannunzio explicou que a Serasa vinha mostrando um crescimento da inadimplência há mais tempo e uma das razões apontadas era justamente o endividamento das pessoas por meio do crédito pessoal em consignação muito acima da capacidade de pagamento. "É preciso lembrar que esse discurso começou com aquela compra, pela Caixa Econômica Federal, da carteira de consignação do BMG, um escândalo jamais explicado à população", ressaltou.
Referindo-se ao que chamou de efeito cascata da crise, lembrou que nos dois primeiros meses do ano, o volume de títulos protestados aumentou 40% em relação a 2008. "Mesmo assim, o governo elevou em 27% os gastos públicos no primeiro trimestre e mantém, na presidência da República, 3.431 funcionários, que é o dobro do que mantém o presidente dos Estados Unidos e 57% a mais do que o presidente FHC, quando não havia crise", comparou.
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