A chegada do grupo Opportunity, ligado ao banqueiro Daniel Dantas, ao sudeste do Pará aumentou a tensão em uma das áreas de maior conflito fundiário do país, afirma a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Segundo a comissão, braço agrário da Igreja Católica, a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, que tem o banco como um dos acionistas, contratou, com seu poderio econômico, quantidade de seguranças nunca vista antes na região.
Anteontem, três sem-terra foram baleados, sem gravidade, pelos vigilantes da empresa na fazenda Maria Bonita, em Eldorado do Carajás -invadida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e por outras organizações desde julho de 2008. Os três devem prestar depoimento à Polícia Civil nesta semana.
No mês passado, tiroteio entre trabalhadores rurais e seguranças em fazenda da empresa deixou nove feridos. As investigações ainda não acabaram.
"É o momento mais tenso desde o massacre, pelo número de famílias envolvidas [na disputa com a empresa]. Não sei até quando os trabalhadores vão ficar só contando seus feridos", disse José Batista, advogado da CPT, que começou a atuar na área à época do massacre de Eldorado do Carajás, em 1996, quando 19 sem-terra foram mortos por policiais.
"O que assusta é a ordem dada: encontrou [um invasor], atirou", afirmou.
O Opportunity começou a comprar terras e gado no Pará há cerca de três anos. Afirma gerar cerca de 15 mil empregos.
Rodrigo de Paula, diretor da Santa Bárbara, concorda que a chegada da empresa aumentou a violência na região, mas que isso se deve à incapacidade da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), de impor a ordem, ao não cumprir mandados de reintegração de posse
Segundo a comissão, braço agrário da Igreja Católica, a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, que tem o banco como um dos acionistas, contratou, com seu poderio econômico, quantidade de seguranças nunca vista antes na região.
Anteontem, três sem-terra foram baleados, sem gravidade, pelos vigilantes da empresa na fazenda Maria Bonita, em Eldorado do Carajás -invadida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e por outras organizações desde julho de 2008. Os três devem prestar depoimento à Polícia Civil nesta semana.
No mês passado, tiroteio entre trabalhadores rurais e seguranças em fazenda da empresa deixou nove feridos. As investigações ainda não acabaram.
"É o momento mais tenso desde o massacre, pelo número de famílias envolvidas [na disputa com a empresa]. Não sei até quando os trabalhadores vão ficar só contando seus feridos", disse José Batista, advogado da CPT, que começou a atuar na área à época do massacre de Eldorado do Carajás, em 1996, quando 19 sem-terra foram mortos por policiais.
"O que assusta é a ordem dada: encontrou [um invasor], atirou", afirmou.
O Opportunity começou a comprar terras e gado no Pará há cerca de três anos. Afirma gerar cerca de 15 mil empregos.
Rodrigo de Paula, diretor da Santa Bárbara, concorda que a chegada da empresa aumentou a violência na região, mas que isso se deve à incapacidade da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), de impor a ordem, ao não cumprir mandados de reintegração de posse
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