sexta-feira, 10 de julho de 2009

Resposta ao Sr Otacílio M. Guimarães -- O RETORNO

Um "Cidadão" que anda repetindo um bordão nesses quatro anos (desde 2005), apenas trocando alguns escândalos, é uma fraude, do tamanho da posição que afirma ostentar: Presidente do CREA-CE, o que não É VERDADE!

http://blig.ig.com.br/joaogaiao/2009/05/22/carta-ao-presidente-lula-por-otacilio-m-guimaraes-pres-do-crea-ceara/

Já publiquei uma resposta à altura CLIQUE AQUI -
http://blogdoonipresente.blogspot.com/2006/01/resposta-ao-sr-otaclio-m-guimares.html
e encontrei essa obra prima ai em baixo, so Sr Fernando Soares Campos, que vai lhe servir direitinho, como CARAPUÇA DA MEDIOCRIDADE e ESTUPIDEZ GALOPANTE:

ESTE NÃO É UM PAÍS DE COVARDES


Senhor Otacílio M. Guimarães, não entendi por que o senhor diz que “Num pais de covardes como este o único medo que eu tenho é de viver muito mais do que já vivi.”

Tomei um susto, Senhor Otacílio, quando li sua declaração: “Num país de covardes como este...”.

Fiquei imaginando: mas que péssima impressão o seu Otacílio tem do nosso país, este que forma uma das nações mais admiradas, das mais conceituadas entre as nações. Principalmente hoje, quando estamos passando o país a limpo. Hoje, quando todas as outras nações elogiam o nosso governo, um governo que prima pela transparência. (Pelo menos durante estes meus 56 anos de idade, ainda não tinha tido oportunidade de assistir a um dos maiores espetáculos de apuração dos fatos, de investigação, de devassa das instituições e exercício da democracia, como agora assisto.)

“País de covardes”?! Como assim, seu Otacílio?! O senhor mesmo está demonstrando que é uma pessoa valente! Demonstra muita valentia! Ou isso seria apenas uma fanfarronada?! Um momento de desequilíbrio, de insanidade, desses que até os covardes, depois de tanto se curvarem, resolvem manifestar, é isso? Pareceu-me uma asneira, pois dizer que somos um país de covardes atinge a todos, indiscriminadamente, até àqueles que o senhor deveria reverenciar, como, por exemplo, os seus pais, que, tenho certeza, são pessoas merecedoras de respeito, dignas de serem tratadas com deferência. (Ah! existe a possibilidade de seus pais não serem brasileiros, esqueci disso.) Eu jamais diria que somos uma nação de covardes, pois conheço milhares de pessoas que, diferentemente do que o senhor está afirmando, contribuíram para o engrandecimento do nosso país, o Brasil, que tantas alegrias nos deu, nos dá e ainda nos dará. Creia, seu Otacílio, vale a pena viver mais e mais, num país como o nosso.

Tem certeza de que está se referindo ao Brasil quando afirma que somos um “país de covardes”? Será que o senhor não está falando por si, generalizando pelo que vem lá do seu íntimo, hein?!

O senhor me atingiu, sim, e não foi por vestir a carapuça. Se o senhor afirmasse que neste país tem muita gente covarde, como em qualquer outro país, eu até compreenderia. E se reclamasse estaria, talvez, vestindo a carapuça. Não! O senhor foi taxativo: “Num pais de covardes como este o único medo que eu tenho é de viver muito mais do que já vivi.” Tem mais, seu Otacílio, se eu vivesse numa comunidade de covardes, das duas uma: ou eu também seria um covarde, ou tentaria elevar o moral da população acovardada. Pelo visto, com o seu surto de valentia, o senhor está, pretensiosamente, querendo ser um exemplo a seguir num “país de covardes”. É isso? Dispenso o seu exemplo, seu Otacílio, pois nunca considerei que vivemos num “país de covardes”. Nos ambientes em que trabalhei e trabalho, nas agremiações sociais que freqüento, nos bares, nas ruas, nas filas de banco, de ônibus, nos guichês de aeroportos, de rodoviárias, no convívio familiar, enfim, por onde andei, nestes 56 anos de vida, encontrei brasileiros, muita gente mesmo, sabe?, muita gente cujas atitudes demonstram que vivemos num país de gente corajosa!, destemida. Quer alguns exemplos?

Já vi mãe de família desfilar, sem capuz, em frente a um batalhão de policiais, com o propósito de identificar os assassinos do seu filho; vi pessoas enfrentar o perigo para acudir seu semelhante, até desconhecidos; também vi, em momentos de calamidade pública provocada por fenômenos da natureza, vi que a maior parte dos brasileiros não mede esforço, nem se acovarda, quando o dever o chama; vejo, todos os dias, centenas de pessoas corajosas, mas incapazes de jactar-se de terem enfrentado os déspotas. Sim, seu Otacílio, muitos brasileiros tiveram a coragem de enfrentar o despotismo de uma ditadura que se abateu sobre este país que o senhor diz ser habitado por “covardes”, do contrário, ainda estaríamos vivendo dias de opressão, roubalheira, censura, repressão, e tudo o que o senhor está vendo ser apurado não teria a menor chance de sê-lo. A gente nem tomava conhecimento, seu Otacílio.

Depois de dizer a asneira que o senhor disse, a de que vivemos “Num pais de covardes...”, o senhor falou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia dito uma asneira. Asneira “pronunciada por uma pessoa semi-analfabeta, despreparada, sem nenhuma ética, que 52 milhões de abobalhados colocaram na presidência da república do Brasil.”

Pelo visto, além de covardes, para o senhor a maior parte é de “abobalhados”. Quem escapa neste contexto, seu Otacílio? O senhor? Corajoso, valente, parece que somente o senhor, não é mesmo? Eu nem li tudo que o senhor diz, fiquei chateado com a apresentação do texto. Mas prometo que vou ler depois de despachar este aqui; pois, se o fizer agora, tenho certeza de que vou me indignar muito mais, e o senhor não iria gostar do que eu viesse a dizer.

Ah! não resisti, dei mais uma olhadinha e já volto chateado como isso: o senhor diz que o presidente Lula fez uma afirmação ”desproposital” (acho que o senhor queria dizer “despropositada”, não é mesmo?) E diz ainda: “Mas eu devo lhe dizer que os homens e mulheres de bem deste país já estão cheios das asneiras que o senhor...” Pois saiba que eu sou um homem de bem e não acho que o presidente falou asneiras, não lhe passei procuração para falar por mim, seu Otacílio. O senhor não representa todos os homens de bem deste país.

O presidente nunca se arvorou a ser o “único repositório da ética e da moral.” A isso, me parece, é o senhor quem está arvorando-se.

Sabe, seu Otacílio?, o senhor me poupou de digitar um bom trecho, pois basta copiar este de sua carta e colar aqui, com alguns acréscimos: “Me respeite!, seu Otacílio. Respeite o meu país! Respeite as pessoas que estão indignadas com a sua arrogância, sua desfaçatez! Se o senhor acha que o único repositório da ética e da moral deste país é o senhor, pois fique sabendo que eu quero discutir com o senhor sobre ética e moral, cara a cara, olho no olho.”

Tem mais pra copiar e colar: “pare de subestimar a inteligência dos
brasileiros, pare de ofender os brasileiros”

Veja bem, seu Otacílio: Não somos um país de covardes, como o senhor afirma.

Agora, como muito orgulho, copio e colo as palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as faço minhas, também como alguns acréscimos:

"Neste país está para nascer alguém que venha querer discutir ética comigo [como quem tem autoridade para me ensinar comportamento moral e ético; é isso que a gente do povo quer dizer quando fala que está pra nascer esse ou aquele alguém]. Eu digo sempre o seguinte: [Não] sou filho de pai e mãe analfabetos [mas se meus pais fossem analfabetos, deles me orgulharia] E o único legado que eles deixaram, não apenas para mim, mas para toda a família, é que andar de cabeça erguida é a coisa mais importante que pode acontecer para um homem ou uma mulher. E eu conquistei o direito de andar de cabeça erguida neste país com muito sacrifício. E não vai ser a elite brasileira que vai fazer eu baixar a cabeça".

Passar bem, seu Otacílio.

Fernando Soares Campos

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