O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo deferiu pedido do Ministério Público e determinou o sequestro de bens de envolvidos no caso Alstom.
A decisão, da juiza Maria Gabriela Spaolonzi, torna indisponíveis os bens do ex-deputado tucano Robson Marinho, que atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Jorge Fagalli Neto, José Geraldo Villas-Boas e mais 12 pessoas e empresas envolvidas com a propina da Alstom.
Em junho passado, o Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta bancária atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo, informa reportagem de Mario Cesar Carvalho, publicada pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Segundo a reportagem, o órgão reuniu indícios de que a conta recebeu pagamento de propina da Alstom.
Marinho é suspeito de ter ajudado a Alstom a conseguir contrato de R$ 110 milhões em 1998, quando já era conselheiro do TCE. À época, acabara de deixar o cargo de chefe da Casa Civil no governo Mario Covas (morto em 2001). A conta recebeu pouco mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões, pelo câmbio atual), de acordo com a quebra de sigilo.
Ele negou ter conta bancária na Suíça e diz que nunca foi avisado de que é alvo de investigação. A Alstom não quis se manifestar.
Os documentos do bloqueio estão em poder de promotores da Suíça e de juízes da França, onde a empresa também é investigada por suspeita de pagar comissões ilegais para obter contratos com governos. A Alstom, uma das maiores companhias do mundo na área de energia e equipamentos ferroviários, é investigada sob suspeita de ter pago milhões de dólares em propina a políticos da América Latina e da Ásia.
Arte/Folha | ||
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