http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=114399&id_secao=8
Vídeo publicado no YouTube mostra moradores de rua em manifestação na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, ateando fogo na revista Veja, da editora Abril. A manifestação ocorreu na quinta-feira (19), Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua.
Foi um protesto sobretudo contra a reportagem "Profissionais da esmola", publicada na edição 2.126, da semana passada, da Veja São Paulo, que vem encartada na revista. No texto - que foi a matéria de capa -, a publicação acusa moradores de rua de "se fantasiar com uma roupa surrada" para ganhar "dinheiro fácil".
O fato de o artigo 60º da Lei das Contravenções Penais - que qualificava a mendicância como contravenção - ter sido revogado em 17 de julho é ponto de partida do texto. Em protesto contra o teor manipulatório e generalizador da matéria, cerca de 200 moradores de rua incendiaram páginas da revista.
O ato lembrou também um genocídio que permanece impune. "Entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004, 15 pessoas foram violentamente atacadas enquanto dormiam nas ruas do Centro da cidade, sendo que sete delas morreram. Posteriormente, no dia 23 de maio de 2005, uma testemunha do massacre foi morta por policiais militares", lembra o vídeo. "Organizações e movimentos sociais estão juntos no dia de hoje para denunciar a morosidade, o descaso, a omissão das autoridades na punição dos culpados."
O vídeo foi publicado pelo perfil "Gira" e inclui a música Esmola, de Duda e Moleque de Rua. Além da revista em chamas, lideranças dos moradores de rua qualificam a publicação de "fascista" e lembram as calúnias da Veja dirigidas ao padre Julio Lancelotti em 2007.
com informações da Rede Brasil Atual
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