quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SARNEY NÃO ESTAVA PRESENTE- A MÍDIA NÃO DIVULGOU DETALHE

Suplicy dá cartão vermelho para Sarney

Um dia depois de protagonizar uma discussão com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) o petista Eduardo Suplicy (SP), hoje (25), ao discursar da tribuna do plenário, mostrou um cartão vermelho para Sarney, que não estava presente, e voltou a pedir que o senador do Amapá renuncie ao cargo de presidente da Casa.

"O Senado já sofreu desgaste incomensurável com o arrastar dessa situação. A Casa está paralisada há meses. As grandes questões nacionais não são discutidas. Parlamentares e partidos políticos estão derretendo frente à opinião pública. Ainda não conseguimos votar uma proposição importante neste segundo semestre no plenário do Senado e não se vislumbra como será possível isso acontecer enquanto não for resolvida a questão relativa ao presidente José Sarney", disse Suplicy.

O protesto do senador petista ocorre uma semana depois do Conselho de Ética do Senado arquivar 11 representações contra Sarney. Na avaliação de Suplicy, o arquivamento das representações não resolveu a situação do Senado.

A atitude de Suplicy deu início a um bate-boca com o sendor Heráclito Fortes (DEM-PI), que sugeriu ao petista que apresentasse o cartão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem considera responsável pela crise do Senado. "Lula invadiu o campo do Senado e deu cartão amarelo para o líder do seu partido", disse Heráclito ao se referir ao senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que chegou a anunciar, na semana passada, que iria entregar a liderança, mas voltou atrás.

"Não queira ser juiz de futebol. Queira ser um senador da República que honra os milhões de votos que teve em São Paulo. Não use isso, que o diminui. Use a palavra e não o cartão. Use o argumento e não o gesto. Esse gesto envergonha São Paulo", afirmou Heráclito.

Suplicy retrucou mostrando o cartão vermelho para Heráclito. O senador José Nery (P-SOL-PA) apoiou o ato de Suplicy. Já o senador Almeida Lima (PMDB-SE) saiu em defesa de Sarney, acusando o petista de não aceitar o resultado do Conselho de Ética.

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