domingo, 23 de agosto de 2009

MP PAULISTA ATENTO ÀS PUBLICAÇÕES INFANTIS

José Serra pode se gabar que tem um MP eficiente. Eficiência é tudo, sobretudo para o Candidato Tucano, pois sabe que esse mesmo MP não o incomodará. E não é por falta de motivos, já que o MP PAULISTA se preocupa com publicações voltadas às crianças "seletivamente". No semestre passado, a Secretaria de Educação de José Serra distribuiu diversas publicações irregulares para esse público infantil. Algumas com pornografia explicítas e outras com erros grotescos, como por exemplo, um Átlas com dois Paraguais. O MP não tomou nenhuma providência. Nem ousou citar os responsáveis. Lá, alguém tem juízo. Não querem experimentar a fúria do temido JOSÉ SERRA.


Agora, o MP investiga revistas da Turma da Mônica

Ministério Público de São Paulo investiga quadrinhos de Mauricio de Sousa sob alegação de que publicações carregam propaganda voltada para o universo infantil


Companhia Editora Nacional/Reprodução
MP investiga se histórias trazem propagandas subliminares para crianças
Brasília – Uma investigação do Ministério Público (MP) de São Paulo tem como alvo os conhecidos gibis da Turma da Mônica e chama a atenção da sociedade sobre a publicidade voltada para o público infantil. O inquérito civil apura se houve abuso nas revistas por causa de anúncios, dirigidos às crianças, que foram divulgados entre as historinhas de personagens como Cascão, Magali, Cebolinha e Chico Bento, além da própria Mônica.

Autor da representação que resultou na abertura do inquérito, o Instituto Alana (organização sem fins lucrativos que desenvolve atividades voltadas à defesa dos direitos da criança e do adolescente) critica os anúncios de produtos infantis que foram divulgados. A coordenadora-geral do projeto Criança e Consumo da entidade, Isabella Henriques, diz que meninos e meninas não conseguem saber a diferença entre o que é publicidade e o que é entretenimento. Por isso, acabam sofrendo uma influência direta da publicidade em sua formação. “Só a partir dos 12 anos é que a criança vai entender o caráter persuasivo da publicidade. Você está estimulando o consumo excessivo e traz valores materialistas. O que parece muito inocente é prejudicial para as crianças”, afirma a advogada.

O Conselho Federal de Psicologia enviou um parecer ao MP concordando com a opinião do instituto. “O pequeno leitor está literalmente cerceado de mônicas, cebolinhas e cascões, seja para divertir, seja para desejar produtos variados, misturando-se ambos os aspectos da questão. Cabe a pergunta: para que tantas propagandas relacionadas às personagens, uma vez que o objetivo primeiro da revista deveria ser o de divertir e fazer ler”, cita o professor da Universidade de São Paulo (USP) ,Yves de la Taille, que assina o texto.

A assessoria do desenhista e empresário Mauricio de Sousa informou à reportagem que ele prefere, por enquanto, não comentar o caso, que corre no Ministério Público de São Paulo. O desenhista terá de prestar esclarecimentos ao MP, que poderá mandar retirar a publicidade dos gibis.

O Instituto Alana recebe, diariamente, dezenas de denúncias sobre possíveis abusos na publicidade infantil. Isabella cita uma propaganda, retirada do ar recentemente, que mostrava crianças brincando com um botijão de gás. “Há excessos. No Brasil, vende-se até carros para crianças. A publicidade influencia em 80% das compras da família, é uma verdadeira promotora de vendas”, explica a advogada. Ela explica que há vários dispositivos legais que proíbem a propaganda voltada para as crianças. “A lei existe, resta cumprir. É mais fácil vender para uma criança”, completa Isabella.


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