A entrevista foi concedida nesta quarta (19), em São Paulo, após o ministro participar de uma sabatina no jornal Folha de S.Paulo. No evento, Juca já havia afirmado que seu partido "não está preparado para receber Marina".
Questionado se o PV está fazendo o jogo da oposição, o ministro respondeu que alguns setores preferem aliança com os tucanos e ele defende o projeto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa. "Perdemos (os verdes) bastante nossos vínculos com os princípios do partido. Para que a gente esteja à altura de uma candidatura de Marina é preciso uma refundação programática", disse.
Depois de defender democracia interna no PV, o ministro diz que a maior parte do partido prefere a aliança com o que o presidente Lula representa. No entanto, reconheceu que a cúpula dirigente da sigla, que ele classifica de fisiológica, prefere aliança com outros segmentos.
O ministro também esclareceu que conversou com seu antecessor, Gilberto Gil, que lhe garantiu que não será candidato a vice numa chapa com Marina. "Gil tem a tem a mesma posição que eu: se preocupa com a possibilidade que a candidatura de Marina acabe, independentemente da vontade dela, significando ruptura entre a luta pela inclusão e a luta pela sustentabilidade."
A entrevista do ministro ao jornal carioca é sintomática. Demonstra que Marina não terá um ambiente favorável dentro da nova sigla que já programou a filiação dela para o próximo dia 30. As divergências não são poucas. No Mato Grosso, por exemplo, o partido dá apoio ao governador Blairo Maggi (PR) desafeto contumaz de Marina.
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