sábado, 5 de setembro de 2009

Suprema incoerência

04/09/2009 15:17:32

Gilberto Nascimento e Leandro Fortes

Há nove meses, a Procuradoria-Geral da República foi instada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a investigar as ligações entre um coronel da reserva do Exército, Sérgio de Souza Cirillo, e um professor especialista em propina, Hugo Sérgio Chicaroni. À época, Mendes não havia gostado da publicidade em torno do nome de Cirillo, ex-servidor do STF contratado por ele. Chicaroni acabara de ser condenado por subornar, a mando do banqueiro Daniel Dantas, um delegado da Operação Satiagraha. A informação sobre a ligação entre os dois constava, para irritação do ministro, justamente em uma sentença proferida pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

Para dar seguimento à representação de Mendes, o então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza encaminhou o pedido de investigação ao procurador da República Rodrigo De Grandis, do Ministério Público Federal de São Paulo. De Grandis havia sido responsável pela denúncia contra a quadrilha de Dantas, com base nas informações levantadas pelo delegado Protógenes Queiroz. Mas logo o procurador iria perceber que a indignação do presidente do STF estava com validade vencida, pois não é que a investigação apontava justamente para quem Gilmar havia dado dois HCs em menos de 48 horas: DANIEL DANTAS!



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