da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com irritação nesta terça-feira à declaração do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, que ontem defendeu punição para atos criminosos cometidos por movimentos sociais.
"Eu não acho nada. Não acho absolutamente nada", afirmou o presidente ao ser perguntado sobre as declarações de Mendes. Depois, ressaltou que as entidades que pedem dinheiro a algum órgão do governo precisam apresentar documentos e proposta que passam "por um crivo" que libera ou não o dinheiro.
Lula disse que as entidades não precisam de dinheiro para praticar atos criminosos. "Eu não sei se [os recursos] estão sendo usados para alimentar [os movimentos que fazem atos criminosos], porque um ato de barbárie não precisa de dinheiro, precisa apenas de falta de bom senso", afirmou.
Ontem, após participar do Congresso Nacional de Direito Agrário, em São Paulo, Gilmar Mendes disse que era necessário a aplicação da lei para crimes cometidos por movimentos sociais.
"O Estado de Direito precisa estar presente. Não acredito que haja preocupação com a criminalização dos movimentos sociais. Agora, ato criminoso praticado por qualquer pessoa deve ser tratado como crime", disse.
A questão veio à tona depois que famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram e depredaram uma fazenda de laranjas da Cutrale, no interior de São Paulo. O MST nega a depredação.
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