quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lula recebe prêmio em Londres por papel na América Latina



Numa enquete em seu site, a Chatham House perguntou aos internautas se achavam que o Brasil seria uma superpotência no futuro. Disseram que "sim" 56%; responderam que "não" 28% e 16% que não sabiam.

Presidente é homenageado por entidade britânica por ser o "motor-chave da estabilidade e da integração" na região

Lula participará, também na Inglaterra, de abertura de seminário que vai destacar como o Brasil tem superado a crise econômica mundial

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
Sete meses após ter sido batizado como "o cara" pelo presidente Barack Obama, Luiz Inácio Lula da Silva regressa a Londres para receber um prêmio que é, de certa forma, um carimbo oficial para a brincadeira do colega americano.

Lula ganhou o prêmio de 2009 da Chatham House, que vem a ser a sede do respeitado Royal Institute for International Affairs. Motivo, segundo a nota oficial da Chatham House: Lula "é um motor-chave da estabilidade e da integração na América Latina".

Numa enquete em seu site, a Chatham House perguntou aos internautas se achavam que o Brasil seria uma superpotência no futuro. Disseram que "sim" 56%; responderam que "não" 28% e 16% que não sabiam.

O país presidido por Lula também merece mimos. O jornal britânico "Financial Times" e seu congênere brasileiro "Valor Econômico" promovem, amanhã, o seminário "Investing in Brazil", a ser aberto pelo presidente brasileiro.

É curioso que tanto o prêmio como o seminário destacam no atual governo características que pertencem muito mais ao universo do conservadorismo/liberalismo do que à esquerda, na qual Lula se situava.

Para a Chatham House, com o presidente Lula, o Brasil "tornou-se crescentemente integrado à economia mundial e trabalhou para construir consensos em foros econômicos e comerciais multilaterais".

Já o seminário destaca o fato de que o Brasil está lentamente superando a recessão mundial, "graças em parte a um sistema financeiro estável, a mercados liberalizados, a políticas fiscal e monetária aperfeiçoadas que controlam a inflação", além de recursos naturais e um "mix" exportador diversificado.

Tudo isso, mais a previsão de que o país cresça acima da média mundial, torna-o "uma região promissora para investimentos". Essa mensagem será repetida por Lula e pela comitiva que o acompanha: os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, do BNDES, Luciano Coutinho, do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, e do Banco Santander, Emilio Botín.
Além de empresários como Roger Agnelli, da Vale.

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