relator deve pedir ação contra tucano
Como relator do caso do mensalão mineiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa deve propor hoje no plenário da Corte a abertura de ação penal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter cometido crimes de peculato e lavagem de dinheiro durante sua campanha pela reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, quando foi derrotado. Se a ação for aberta, o tucano passará da condição de investigado à de réu.
De acordo com a denúncia a ser analisada hoje pelo Supremo, os crimes teriam participação do empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema. Na peça de acusação, o MPF pede a abertura do inquérito contra Azeredo. O processo contra outros suspeitos, como Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha tucana, tramita na Justiça Federal de Minas.
Na denúncia enviada ao STF, o MPF argumenta que houve desvio de recursos públicos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge). E define o esquema como "embrião" do mensalão petista, escândalo revelado em 2005 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) envolvendo supostos pagamentos para que deputados votassem a favor de projetos do governo em tramitação no Congresso.
O MPF acusa o senador e outros investigados de terem montado e gerenciado um suposto esquema de caixa 2 durante a campanha de
O início do julgamento está marcado para as 9 horas de hoje. Como o voto do relator deve ser longo, a expectativa é de que a votação pare no meio da tarde para ser retomada amanhã. Entre os ministros, também há previsão de que o julgamento poderá ser interrompido por um pedido de vista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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