Por mais incrível que isso possa parecer, em relação à notícia do RESULTADO DO PIB, foi a VEJA quem publicou sem os "mas", "porém", "todavia", "no entanto", "entretanto" do PIG.
País terá um dos melhores natais da década, dizem economistas
10 de dezembro de 2009
Por André Pontes
Economistas ouvidos por VEJA.com foram unânimes em afirmar que a alta do Produto Interno Bruto (PIB) anunciada nesta quinta-feira - 1,3% no terceiro trimestre do ano, segundo o IBGE - indica que o país está deixando definitivamente a crise para trás. Mais: o Brasil deve ter um dos melhores natais da década. Confira o desempenho do PIB no gráfico abaixo.
VEJA TAMBÉM
REVISTAS ABRIL
"Esse número reflete o comportamento do país que, aos poucos, está crescendo", afirma o economista Gilson Garofalo, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "A economia está se restabelecendo."
Ele acredita que o desempenho da economia terá reflexos diretos na vida do cidadão. "O comércio está eufórico. Eles estão seguros de que irão faturar muito neste fim de ano. E eu dou razão a eles", diz. Com isso, aposta o especialista, o último trimestre do ano tem tudo para ser o mais aquecido do ano.
Diante do quadro positivo, João Ildebrando Bocchi, também da PUC-SP, acredita que uma espécie de ciclo virtuoso deverá se estabelecer a partir de agora: "O empregado tem perspectivas de continuar no emprego e, por isso, gasta mais em compras. O empresário, por sua vez, fatura mais e passa a produzir ou comprar mais itens para vender. A indústria recontrata, e o empregado recontratado volta a gastar", diz. "Assim, o país volta aos eixos."
Ele observa ainda que a situação do Brasil se destaca no panorama internacional. "A alta do PIB mostra que houve criação de empregos e retomada na compra e venda de produtos internos", avalia Bocchi. "Isso é extremamente positivo na comparação com o quadro mundial."
Estimativa - A elevação do PIB registrada no terceiro trimestre foi inferior à esperada pelo mercado e até à alerdeada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ambos haviam apostado em alta de 2% em relação ao trimestre anterior.
Garofalo diz que a dirença entre a expectativa e o resultado apurado não deve desanimar o país. "O que pode ter acontecido é que alguns investimentos acabaram não acontecendo no tempo certo", diz. "Neste ano, nunca se viu um grau de otimismo tão grande como temos agora."
Nenhum comentário:
Postar um comentário