Construção de uma mentira: o fim das cheias no Tietê
Em 1999, na Revista Água e Energia, o vice-governador Alckmin anuncia o aprofundamento da calha do Tietê como solução para as enchentesRevista Água e Energia - Abril/1999
GERALDO JOSÉ ALCKMIN FILHO |
O ESTADO COMBATENDO AS ENCHENTES
APROFUNDAMENTO DA CALHA DO TIETÊ JÁ VAI REDUZIR OS EFEITOS DAS CHUVAS NO PRÓXIMO VERÃO
Enchentes não são novidades em São Paulo. Desde o século do descobrimento há relatos de inundações do Anhambi (o primeiro nome do rio Tietê). O que está mudando nos últimos quatro anos, no entanto, é a maneira de enfrentar o problema. A administração Mário Covas está introduzindo novos conceitos na gestão dos recursos hídricos no Estado que vão, a médio e longo prazos, acabar com as inundações do rio Tietê e de seus principais afluentes na região metropolitana. São conceitos como o plano de macrodrenagem, uma série de políticas voltadas para a ação integrada entre o Estado e os municípios atingidos pelas enchentes, desprezando as fronteiras políticas. "Temos de atacar o problema globalmente. Nosso foco são as enchentes, e não disputas políticas que por anos atrasaram as obras urgentes que podem acabar com as inundações", diz o vice-governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin.
As dificuldades encontradas pelo governo são muitas. Só a cidade de São Paulo, a principal prejudicada pelas inundações, tem mais de 10 mil quilômetros de ruas asfaltadas, valor que cresce rapidamente (a prefeitura asfalta cerca de 200 quilômetros de ruas e avenidas anualmente), aumentando a impermeabilização do solo. A capital ainda ostenta outra marca indesejada: tem pouco menos de 4 metros quadrados de área verde por habitante - enquanto o recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de no mínimo, 12 m2/hab. Tudo isso faz com que a água das chuvas chegue mais rapidamente ao leito do rio Tietê, que, em alguns trechos de menor capacidade, acaba inundando as pistas da Marginal, causando congestionamentos de mais de 180 quilômetros na capital. Mas o governo do Estado está atacando em várias frentes.
| "Temos de atacar o problema globalmente. Nosso foco são as enchentes, e não disputas políticas que por anos atrasaram as obras urgentes que podem acabar com as inundações" "Vamos concluir em até dois anos o aumento da calha do Tietê e iniciar outras obras contra as enchentes na Grande São Paulo que fazem parte do plano de macrodrenagem" |
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08/12/2009 - 09h26
DEZ ANOS DEPOIS, e sob a luz dos atores de sempre, o ESPETÁCULO CONTINUA!
Chuva mata 5, transborda rio Tietê, provoca 42 pontos de alagamentos, para trens e causa 102 km de lentidão em SP
Em São Paulo
A forte chuva que cai desde a madrugada desta terça-feira (8) inundou diversas casas da zona leste de São Paulo, fez pelo menos cinco vítimas e provocou um grande congestionamento na cidade. Às 10h54, a capital registrava 102 km de lentidão --o correspondente a 12,3% das vias monitoradas-- e 42 pontos de alagamento, sendo 26 deles intransitáveis. O trânsito está muito acima da média máxima para o horário, que é de 8,1% da vias monitoradas.
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Forte chuva faz rio Tietê transbordar e complica trânsito em São Paulo
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