sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Quem afinal ficou bem na foto?

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Para desespero de nossa mídia as avaliações de Lula estão em toda parte – e nada têm a ver com o que ela própria e a oposição alegam nos ataques ao governo. É possível encontrá-las em diferentes línguas. Na maior revista alemã, Der Spiegel (AQUI), em Newsweek (AQUI e AQUI), no Washington Post (AQUI), New York Times (AQUI), Financial Times (que o incluiu entre as 50 personalidades mundiais que forjaram a década, AQUI), etc. Não é um amontoado de elogios vazios. Referem-se também a dificuldades e obstáculos a superar. Mas o tom é sempre positivo, sem as leviandades e irrelevâncias que inspiram a ofensiva destemperada daqui.

Dificilmente poderia ter havido ano mais auspicioso para o Brasil. Isso ficou claro ainda nos momentos finais da conferência de Copenhague. Obama chegou atrasado, perdeu o bonde da História e, esnobado pelo primeiro-ministro chinês Wen Jiabao (que se fez representar por gente de escalão inferior em reuniões de que Obama participava) invadiu como um penetra a sala onde se reuniam Brasil, África do Sul, Índia e China (o grupo BASIC).

Foto e relato do New York Times (AQUI), seguidos depois por texto também destacado no Washington Post (AQUI), retrataram o quadro insólito. Obama entrou sem ser convidado. Lá estavam Wen, Lula e os governantes indiano e sul-africano: “Vou sentar ao lado do meu amigo presidente Lula”, disse. Ali remendou num par de horas o acordo de três páginas que evitou o fracasso sem ir além de uma esperança vaga no futuro.

Para variar Lula ficou bem na foto – literal e simbolicamente. À direita de Obama, a quem socorrera, e com a ministra Dilma Roussef (à esquerda de Hillary Clinton). Essa imagem final do ano refletiu o papel do Brasil e seu presidente. Mais uma vez contrariou a obsessão da mídia golpista aliada à oposição idem (PSDB-DEM-PPS). Por 12 meses mídia e oposição tentaram semear o pânico e afogar o país no tsunami da crise mundial – da qual o Brasil foi o primeiro a sair.

BLOG DO ARGEMIRO FERREIRA


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