A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, usou uma linguagem bem conhecida dos caminhoneiros para criticar o PSDB e a política neoliberal dos tucanos. No Congresso Nacional dos Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Carga, no Senado, nesta terça-feira (27), ela disse que “o Brasil precisa impedir a volta daquela política de roda presa, que engarrafou o desenvolvimento e congestionou o progresso, a política que colocou o País no acostamento".
Ela também criticou a proposta defendia pelo candidato tucano, José Serra, de criação de um ministério específico para cuidar da área de segurança pública. "Concordo que é importante o foco na segurança pública. Mas o ministério da Justiça tem desempenhado a função com muito empenho. Então, eu não vejo a necessidade de criar mais um ministério", disse Dilma.
"Se caminhão parado não tem frete, o Brasil parado também não tem desenvolvimento", afirmou a petista, acrescentando que "tenho certeza de que vocês não vão permitir a volta do atraso e da estagnação." Segundo ela, a categoria é importante para o desenvolvimento do país e necessita de crédito abundante para renovação da frota de caminhões.
Em um discurso otimista, ela disse que "vamos pavimentar estradas da vida, e não da morte, estradas da liberdade, e não do sofrimento e dificuldades, estradas do desenvolvimento do nosso País, e não da estagnação". E prometeu que “vamos lutar por remuneração justa para vocês e cada vez teremos mais crédito para ver uma frota nova no país”.
Dilma defendeu crédito para os caminhoneiros autônomos renovarem a frota, o que reduz as emissões de gases poluentes. “Sei que muitas instituições financeiras não entenderam o programa Procaminhoneiro, do BNDES, e exigiram mais garantias e atrasaram os empréstimos”, disse, garantindo que defenderá nesse processo de financiamento “uma remuneração justa, sem preços abusivos e sem venda casada.”
“Temos a convicção de que o Brasil precisa de caminhões novos. Além disso, o ar que a gente respira precisa de caminhões novos”, resume.
Ao final, Dilma comparou os caminhoneiros e as caminhoneiras aos navegadores portugueses que saíam pelo mundo em busca de novas terras e aplicou aos motoristas profissionais os versos de Fernando Pessoa: “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. “Vocês, como naquela época (dos navegadores), vivem com a solidão, com saudades das mulheres e dos filhos, ou dos maridos e dos filhos, queridas companheiras, para levar progresso para todo Brasil".
De Brasília
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