A Polícia Militar do Estado de São Paulo reprimiu nesta quarta-feira, com spray de pimenta e balas de borracha, uma manifestação dos funcionários do Judiciário paulista, realizada na praça João Mendes, região central de São Paulo.
Os funcionários em greve tinham realizado uma assembleia na praça decidindo manter a paralisação até o dia 14 de julho. Para justificar o uso da força, os policiais alegaram que os grevistas estavam tentando impedir a passagem de pessoas para dentro do Fórum João Mendes.
A Associação dos Oficiais de Justiça de São Paulo (Aojesp) protestou contra o uso de balas de borracha e spray de pimenta. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, a presidente da associação, Yvone Moreira, foi levada para um hospital após ser atingida no seio por um artefato e nos olhos por estilhaços de vidros.
Os funcionários do Judiciário estão em greve há 71 dias e pedem uma reposição salarial de 20,16%, além da suspensão da Resolução 520, que permite que os dias parados sejam descontados do salário dos grevistas. Eles reclamam da disparidade salarial em relação aos servidores da Justiça Federal.
Na Justiça estadual de SP, assinala a Aojesp, um auxiliar judiciário, quase no final de carreira, recebe R$ 2.495,84, enquanto o mesmo auxiliar judiciário na Justiça federal ganha R$ 3.793,69. Na Justiça estadual, diz ainda a entidade, um Oficial de Justiça, quase em fim de carreira, recebe R$ 4.149,18, enquanto que na Justiça federal, ele recebe R$ 10.883,07 pelo cargo equivalente.
Carta Maior
Nenhum comentário:
Postar um comentário