quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pig torce para que Serra chame Lula para a briga

Agora Serra não é mais candidato à Presidente, é candidato à líder.


Danem-se as pesquisas. O futuro é logo ali

Cátia Seabra, da Folha de S. Paulo, informa que Serra cancelou viagem que faria ao Mato Grosso para gravar uma resposta a Lula, que o atacou duramente, ontem, durante o programa de propaganda eleitoral de Dilma na televisão.

A oportunidade caiu do céu para Serra. Mesmo perdendo a eleição, ele poderá tentar sair dela como um dos chefes da oposição ao novo governo. Do contrário sairá apenas como candidato derrotado pela segunda vez. E, ao que tudo indica, por uma margem mais ampla de votos.

Até aqui, Serra evitou enfrentar Lula. Em algumas ocasiões, imaginou se beneficiar da popularidade dele - sem sucesso. Escondeu que é candidato da oposição. Ofereceu-se como mais apto do que Dilma para dar continuidade ao governo Lula.

Não convenceu.

Os eleitores preferem "a mulher de Lula", embora a desconheçam.

As próximas pesquisas deverão mostrar Dilma estacionada no patamar dos 52% a 54% das intenções de voto. Ela não tem como crescer muito além disso. Serra poderá crescer um tiquinho em cima dos que se dizem indecisos - um contingente que anda por volta dos 8%.

Somadas as intenções de voto de Dilma, Serra e Marina, acrescentados os índices dos indecisos e dos votos nulos e em branco, bateremos nos quase 100%.

Esta eleição está liquidada - salvo alguma intervenção divina.

Com sua resposta à Lula, Serra talvez contribua para a refundação da oposição. Sem ela democracia de verdade não funciona. Ou funciona mal. Ou acaba se deterioando.

Resta saber se Serra terá grandeza para compreender o momento que vive. Ou se de última hora não recuará com medo de perder votos.

A hora não é mais de manter-se escravo de pesquisas - mas de olhar para o futuro.

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