Diante de cobranças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por governadores e senadores eleitos no último domingo (3), a campanha presidencial de Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, terá ajustes. Dilma deve usar os programas de TV para comparar seus projetos de governo à plataforma do rival no segundo turno, José Serra (PSDB).
A nova estratégia inclui a retomada do tema das privatizações, numa reedição do que foi feito em 2006. Na terça-feira (5), Dilma lembrou que o governo Lula também atendeu à classe média e frisou que a campanha vai explorar as comparações na área social e o viés privatizante do PSDB. "Nosso objetivo principal é deixar cada vez mais claro que se trata do confronto entre dois projetos. Um projeto é necessariamente uma volta ao passado", afirmou.
"Sem dúvida, a gente tem que comparar a questão das privatizações. E o tratamento que eles deram à Petrobras — quando tiraram até o que é mais brasileiros, que é o 'bras', e tentaram colocar o 'brax'", disse, referindo-se à proposta subalterna do governo FHC-Serra de trocar, em 2000, o nome da empresa para PetroBrax.
Outra orientação foi tirar a agenda religiosa imediatamente do foco da campanha. Durante reunião com governadores eleitos, também na terça-feira (5), no Palácio da Alvorada, Lula disse que a campanha de Dilma tem de enfrentar a polêmica do aborto — mas não pode deixar que o tema domine o segundo turno, fazendo o jogo que interessa a José Serra.
Ao comentar o tema com a imprensa, Dilma declarou que defende a vida. “Passei por uma experiência espiritual muito forte, que foi o nascimento do meu neto." A imprensa, por sinal, receberá novo tratamento, assim com as pessoas nas ruas. A palavra-de-ordem é aproximação, e o objetivo é passar para as TVs imagem menos formal. Na primeira entrevista após a reunião de terça, Dilma já inaugurou a prática de falar em meio à aglomeração dos repórteres.
Com informações da Folha.com
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