quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Direitos Humanos quer punir Bolsonaro por homofobia

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH) discute nesta quarta-gfeira (1o) a celeuma provocada pelas declarações homofóbicas de um de seus membros, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Os parlamentares vão analisar as possíveis providências a serem tomadas em resposta à “receita” do deputado para mudar a opção sexual de menores. Em entrevista à TV Câmara, ele sugeriu aos pais dar “um couro” no filho para mudar eventual inclinação homossexual.

A presidente da comissão, a deputada Iriny Lopes (PT-ES) afirmou que tal declaração agride duas vezes os direitos humanos, por pregar a violência contra crianças e por estimular reações homofóbicas. “É um absurdo escolher para a CDH pessoas que passam longe do espírito da comissão”, disse.

Ela considerou que falta pouco mais de um mês para terminar o ano legislativo, mas que é necessário alguma providência para mostrar o descontentamento com relação à posição de Bolsonaro.

Iriny criticou as indicações para as comissões de representantes sem afinidade com o trabalho por elas desenvolvido. “Eles vão para fazer o contraponto ao direito dos índios, crianças e outros, é um contrassenso que temos de impedir”, disse.

Membro da comissão, o deputado Pedro Wilson (PT-GO) considerou inadmissível um parlamentar que integra um colegiado que tem como um de seus objetivos a defesa da livre orientação sexual e não violência fazer declarações como as feita por Bolsonaro.

“Essa não é a primeira vez que este parlamentar age desta forma. Não podemos deixar passar em branco. Cada um tem livre arbítrio, mas o limite da ética e do respeito precisa ser preservado. Vamos discutir essa questão e a comissão tomará a iniciativa que achar mais conveniente”, afirmou.

Em entrevista à imprensa, Bolsonaro ironiza a reação dos colegas. “Estou me lixando para eles, eu sou um dos poucos (integrantes) heterossexuais, então sou minoria, eles têm de respeitar as minorias”, disse, debochando das reações de seus colegas parlamentares.

Fonte: Informes PT

Nenhum comentário:

Marcadores