Construção civil premia Lula por programa Minha Casa, Minha Vida
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi agraciado nesta segunda-feira (25) com o prêmio “Personalidade Vida Imobiliária” do ano, concedido pela revista Vida Imobiliária. Lula recebeu a premiação por causa do programa Minha Casa, Minha Vida e de seu empenho para promover a construção civil.
Na cerimônia, o presidente do conselho editorial da revista Vida Imobiliária comparou diversas vezes o presidente ao líder francês Charles de Gaule, que segundo Chap Chap, foi outro raro homem público que, como Lula, compreendeu a importância da construção civil para o crescimento da economia.
Em sua fala, Lula afirmou que o prêmio precisa ser repartido “com vocês, com a presidenta Dilma, com o ex-ministro Antonio Palocci, com o ministro Guido Mantega, com o ministro Paulo Bernardo, com os trabalhadores da construção civil, com o Congresso Nacional e com os mutuários que compraram as casas.”
Lula elogia o Congresso, que, segundo ele, foi fundamental para fazer o Minha Casa, Minha Vida. “As mudanças não seriam aprovadas se o Congresso não tivesse uma extraordinária boa vontade. Não foi fácil”, conta, lembrando a gênese do programa. De acordo com Lula, tratava-se de um desafio, porque para fazer 4 milhões de casas seria preciso pagar subsídios.
Ainda segundo o ex-presidente, havia um “teto” para o país crescer e um programa como esse poderia estimular a inflação. “Havia mais de 25 anos que o Brasil estava preparado para não crescer”, disse. “Tudo era feito para que o país não desse um passo adiante e pudesse crescer”, completou. Disse ainda que teve trabalho para convencer a Caixa tirar “penduricalhos”, como o seguro de vida, para que as pessoas pudessem adquirir a casa própria.
“Tenho a convicção que a construção civil vive o seu melhor momento nos últimos 25 anos”, diz Lula. “Nosso grande problema hoje é conseguir mão de obra necessária para o crescimento que a gente está tendo. Eu digo porque eu e a Marisa estamos precisando arrumar o apartamento e a gente não consegue mão de obra no mercado”, contou.
Lula destacou feitos de seu governo. “Pelo mundo afora, todo mundo quer saber como a gente conseguiu tirar 39 milhões da miséria”, disse. “Eu sou da geração de 1968. Eu sou da geração de Chico, Gil, de Caetano, de Bethânia”, afirmou. “Fomos nós, os tupiniquins, que demos uma lição a eles (os países ricos). Não tem o que inventar. Nós temos que fazer o óbvio. Se todo mundo contribuir, o Brasil consegue fazer as coisas.”
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