quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Brasileiros protestam em Berlim contra desocupação do Pinheirinho

Um grupo de brasileiros se reuniu em frente à embaixada do Brasil em Berlim, capital da Alemanha, para protestar contra o processo de desocupação da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Sob um frio de cinco graus negativos, os manifestantes seguravam uma longa faixa com os dizeres “Wir sind alle Pinheirinho” - na tradução do alemão: “Todos somos Pinheirinho”.

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Protesto em Berlim / Foto: Isaumir Nascimento

 

O grupo teve que se arriscar diante da presença da polícia de Berlim, que os impedia de chegar perto da sede da diplomacia brasileira. Este é o segundo protesto do tipo na capital alemã em poucos dias.

 

Segundo uma das participantes, que preferiu não ter seu nome divulgado, o grupo não tem orientação partidária, apenas “uma indignação comum frente aos acontecimentos violentos na ocupacao de Pinheirinho”.

Outras manifestações semelhantes devem acontecer em varias cidades do mundo, ligadas à rede “Pinheirinho Mundo Afora”, que conta com um blog e uma comunidade no Facebook.

O caso

Pinheirinho é o nome pelo qual era conhecida uma comunidade popular com 6.000 habitantes instalada há pelo oito anos em um terreno em São José dos Campos, que é alvo de uma disputa judicial envolvendo uma empresa falida do megaespeculador Naji Nahas.

No domingo retrasado (22), a Polícia Militar paulista despejou os moradores cumprindo uma determinação da Justiça de São Paulo – apesar de na ocasião existir uma outra decisão liminar que suspendia a reintegração de posse. Todas as casas que existiam no local foram demolidas.

A ação foi criticada por autoridades e organizações de direitos humanos pelo uso excessivo da força contra a comunidade. Na semana passada, a urbanista Raquel Rolnik, relatora das Nações Unidas para o direito à Habitação, denunciou as violações aos direitos humanos no Pinheirinho. Após a desocupação, cententas de pessoas ainda não tem onde ficar e continuam em abrigos provisórios oferecidos pela prefeitura local.

Fonte: Opera Mundi

 

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