A entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha do ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, para a Prefeitura de Belo Horizonte mexeu com os ânimos do tucanato local. No sábado (1º/9) o senador Aécio Neves — principal representante das forças conservadoras da capital mineira — e padrinho político do candidato à reeleição na capital, Márcio Lacerda (PSB), citou o suposto escândalo do “mensalão” para criticar Lula.
Para refrescar a memória de Aécio, o presidente do PT-BH, o vice-prefeito Roberto Carvalho, disse que: "Falar de mensalão é lembrar onde ele teve início, em Minas Gerais, como sustenta o Ministério Público. Não lembrar disso é ter memória seletiva", disse Carvalho.
Ao fazer campanha ao lado de Lacerda nesta segunda-feira (3), Aécio foi questionado sobre a declaração de Carvalho e disse que não tem conhecimento sobre o assunto. "É um assunto que eu não conheço, sinceramente, o mensalão mineiro. Conheço muito pouco também o vice-prefeito. Então não tenho como responder isso", disse o desmemoriado senador do estado. (talvez seja o efeito do álcool nas madrugadas do Rio de Janeiro)
O esquema mineiro existiu, segundo a Procuradoria, para financiar a campanha eleitoral de 1998 do PSDB ao governo do estado, na ocasião comandado pelo hoje deputado federal Eduardo Azeredo.
Teriam sido utilizados recursos de empresas públicas e o operador do esquema também foi o empresário Marcos Valério — por isso o episódio é também chamado de "valerioduto tucano".
Todos os envolvidos negam a existência do esquema de desvio de recursos, que, conforme a denúncia do mensalão, em julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal), teria sido reproduzido nacionalmente cinco anos depois. O processo do "mensalão mineiro" ainda tramita no STF.
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