O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) atribuiu a critérios "claramente políticos" a inclusão de seu nome no relatório final da CPI dos Correios. Por meio de nota, Azeredo manifestou "estranheza e indignação" com o pedido de seu indiciamento por crime eleitoral.
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"Não fosse isso (o critério político), o relatório teria pedido, pelo mesmo 'crime eleitoral', o indiciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras lideranças, cujas campanhas foram pagas, inclusive, com depósitos em contas no exterior ou com dinheiro vindo de outros países, conforme depoimentos também prestados à CPI dos Correios", atacou o tucano.
O pedido de indiciamento refere-se à destinação de recursos do valerioduto para a campanha do senador, em 1998, quando disputou a reeleição ao governo de Minas. Azeredo sustentou que não pode ser acionado na Justiça, pois o próprio relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), teria afirmado, após apurar o caso, que o crime prescreveu.
Na argumentação, o senador alegou que já foi provado, por meio de documentos, que ele não autorizou empréstimos para a sua campanha ao governo mineiro. E acrescentou que o Conselho de Ética do Senado arquivou o processo sobre o caso. "Espero justiça para esse caso do 'crime' que não cometi, mas pelo qual já paguei pesados e doídos preços políticos, pessoais e familiares", frisou.
O tesoureiro da campanha de Azeredo em 1998, Cláudio Mourão, não quis comentar o relatório final da CPI. A reportagem procurou o vice-governador de Minas e presidente da Confederação Nacional do Transporte, Clésio Soares de Andrade (PL) - também citado pela CPI -, mas sua assessoria informou que ele estava viajando e incomunicável. Clésio Andrade foi sócio de Marcos Valério na agência DNA, mas a deixou em 1998.
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