terça-feira, 21 de março de 2006

No velho oeste, era comum resolver as discussões e os embates, através do duelo. As armas para esse confronto, cada qual tinha na cintura. Hoje, no Brasil das CPI´S, as ameaças se dão através de uma frase:

- Eu quebro o seu... Sigilo bancário!!!!

s~s~s~s~s~s~s~s

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira que o caseiro Francenildo dos Santos Costa, que fez denúncias contra o ministro Antônio Palocci, foi "treinado" e que seu testemunho é utilizado pela oposição para criar instabilidade no país.

"Coitadinho do caseiro, tão inofensivo, mas bem treinado", disse Marinho em tom irônico.O caseiro foi alvo de uma reportagem que revelou dados de seu sigilo bancário, como depósitos que somam R$ 25 mil em conta, valor incompatível com sua renda mensal. Francenildo justificou o depósito por razões familiares e prometeu acionar na Justiça os responsáveis pelo vazamento.

Apesar de reconhecer a gravidade da quebra do sigilo bancário do caseiro, o ministro destacou que igualmente sério "é inventar uma testemunha como o caseiro e treiná-lo bem".Para o ministro, "a oposição quer criar um caso e outro para criar instabilidade no país" e acrescentou que "certamente, as autoridades competentes vão investigar o vazamento".

Marinho defendeu que os outros sigilos que foram quebrados para envolver membros do governo em denúncias também deverão ser apurados com rigor. É tão grave quanto todas as outras quebras que ocorreram", afirmou. Em defesa do ministro da Fazenda, Marinho afirmou que Palocci nunca deixou de prestar explicações. "Foi à CPI duas vezes e explicou tudo o que a CPI desejou que ele explicasse. Agora inventam o caseiro.

"Na avaliação do ministro, as denúncias envolvendo o ministro da Fazenda não são caso para se criar a instabilidade que a oposição tenta criar. "O desejo [da oposição] não é simplesmente o Palocci, e paralisar o governo, paralisar a economia e criar instabilidade", disse ele.Marinho também levantou suspeitas sobre a origem do dinheiro alegada pelo caseiro. Francenildo dos Santos Costa justificou o dinheiro como sendo um depósito de seu pai. Segundo o ministro, é preciso "checar a paternidade" para ver se não se trata de "coisa arranjada".

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