quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Por conta de pacote, governo Yeda Crusius vive crise antes de começar


O pacote econômico anunciado pela governadora eleita do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, com aumento de impostos, congelamento de salários e prorrogação do ""tarifaço" existente atualmente (que venceria no próximo dia 31), causou uma forte crise na sua coalizão.

O próprio líder do PSDB na Assembléia gaúcha, Ruy Pauletti, adiantou que votará contra o projeto, apresentado pelo governador Germano Rigotto (PMDB) a pedido de Yeda.

Outros aliados próximos manifestaram sua contrariedade. Os secretários indicados Marquinho Lang (PFL), da Justiça e Inclusão Social, e Berfrand Rosado (PPS), do Planejamento, já renunciaram, antes mesmo de tomar posse oficialmente. Os dois alegaram constrangimento com as medidas.

Durante a campanha eleitoral, Yeda afastou a hipótese de aumentar impostos, dizendo que implementaria ""um novo jeito de governar".

Rejeição unânime

Entre os empresários, cujas entidades apoiaram Yeda na disputa de segundo turno contra o petista Olívio Dutra, a rejeição ao pacote econômico é praticamente unânime.

""Vamos ser duros e tentar, dentro do modelo democrático, que o pacote não seja aprovado", afirmou o presidente da Federasul (Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul), José Paulo Cairoli.

""Será penoso", comentou o presidente da Associação Brasileira de Agronegócios no Estado, Antônio Wünch.

O novo governo gaúcho justifica as medidas dizendo que elas representam economia de R$ 1,45 bilhão, abatendo o rombo previsto, de R$ 2,3 bilhões.
E ELA AINDA ACHA POUCO!!!

"Pode representar desconforto inicial, mas representa uma parte pequena perto do que vamos fazer, disse Yeda.

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