terça-feira, 2 de janeiro de 2007

OS NÚMEROS DA POSSE DE LULA

Paulo Henrique Amorim



Máximas e Mínimas 62



. A imprensa brasileira (100% conservadora, com exceção da Carta Capital (clique aqui para ir ao site da Carta Capital no IG ) ressaltou o fato de que havia pouca gente na posse do presidente Lula.



. Na esplanada dos Ministérios e no plenário da Câmara.



. Mas, não foi igualmente atenta ao número de “gente” que votou em Lula.



. Lula ganhou de Alckmin por 61% a 39%.



. E de Serra por 61% a 39%.



. No caso da vitória de Alckmin, o único jornal que usou a expressão “esmagadora” para qualificar o tamanho da vitória foi o New York Times.



. A imprensa brasileira também parece mais preocupada do que o PMDB com a reforma ministerial.



. Com a reeleição – umas das pragas que o Brasil herdou de FHC – o mandato presidencial no Brasil é, na verdade, de 8 anos.



. Não é um novo Governo. É o mesmo. Na segunda metade do mandato.



. Outra aflição da imprensa é com ausência de novidades no discurso de Lula – “mais do mesmo”, pareciam dizer.



. Só não entendeu quem não quis. Ou quem teme dizer que Lula foi para a esquerda e chamou a oposição para uma disputa no campo ideológico, sim, senhor.



. Não é preciso ser de esquerda ou de direita para sentir isso no discurso de posse.



. Basta não ter medo de usar as expressões “esquerda” ou “direita”.



. É fácil entender essa dificuldade. Se você diz que alguém foi para a "esquerda" tem que dizer quem está na direita. E quem tem coragem de dizer que o FHC é o lider da direita brasileira ?

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