sábado, 2 de junho de 2007

A LENDA





Semana passada vi o documentário irlandês “A revolução não será televisionada” (”The Revolution Will Not Be Televised”, 2003, filmado e dirigido por Kim Bartley e Donnacha O’Briain). Gravado na Venezuela, é um filme sobre o governo Chávez, o golpe que o derrubou do poder, a participação decisiva das emissoras de TV privadas (e dos EUA, como sempre) na conspiração e a reação popular que levou.


É assustador, ao mostrar do grau de distorção e invenção que as empresas privadas de comunicação são capazes de atingir. E, também, animador, pois o povo venezuelano não se deixou enganar pela televisão e, tendo percebido o logro, foi às ruas. São emocionantes as imagens do povo saindo às ruas de Caracas e cercando o palácio presidencial para exigir a volta do governo que elegera.


No sítio oficial, além de informações sobre o filme, há artigos contextualizando os acontecimentos nele narrados (incluindo uma cronologia da nefasta atuação dos EUA na América Latina) e atalhos para fontes de informação alternativa sobre o que acontece na Venezuela e em outros países.


* * *
Aproveitando o ensejo, cito o artigo “Chávez, o diabo, Chomsky e os EUA“, de Michael Albert. Traz um ponto de vista um tanto diferente do que já li (de autores progressistas) a respeito de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, destacando alguns aspectos do discurso realizado recentemente na ONU.


(Não se trata, evidentemente, de reivindicar o caminho percorrido por outros povos como solução para os problemas brasileiros. Além disso, em todo governo há problemas, e, no que diz respeito ao processo de mudanças venezuelano, a personalização é algo (sempre) problemático e perigoso.


Aliás, cada vez fica mais claro para mim que política deve se fazer em torno de projetos e idéias - e do comportamento concreto dos sujeitos em relação a estas propostas -, e não com base na confiança em fulano ou beltrano.)


Ressalvas à parte, como deve ser bom ter um governante com coragem de dizer certas coisas… Soaram belas as passagens sobre não ter vergonha, inclusive de dizer que se leu alguém e que essa leitura foi importante. Por sinal, essa postura de humildade aparece em um techo do documentário citado: dentro de um avião, Chávez comenta trecho de um livro que segura nas mãos.

2 comentários:

Anônimo disse...

vc é fãde hugo chávez?

Oni Presente disse...

Sim, sou fã do GRANDE HUGO CHAVEZ!!!

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