CNI/Ibope: Avaliação do governo se mantém estável. Caso Vavá é notícia mais lembrada
Publicada em 06/07/2007 às 15h37m
Ilimar Franco - O Globo; Reuters; Valor OnlineBRASÍLIA -
Pesquisa CNI/Ibope
divulgada nesta sexta-feira mostra que a avaliação do governo Lula se mantém estável num patamar elevado, na comparação com o levantamento de abril. A avaliação ótima ou boa passou para 50%, segundo levantamento feito entre os dias 28 de junho e 1º de julho, contra 49% em abril. E a avaliação ruim ou péssima se manteve em 16%.
Com isso, a diferença entre a avaliação positiva e a negativa passou a ser de 34 pontos, um ponto a mais em relação a abril.
O índice dos que consideraram a gestão regular também não apresentoualteração na comparação com o levantamento anterior, mantendo-se em 33%.
A pesquisa mostrou que cresceu a expectativa em relação ao segundo mandato. Para 37% dos entrevistados, este é melhor que o primeiro. Em abril, este percentual era de 30%. A parcela dos que acham que é igual caiu de 49% para 41%; e os que acham que é pior agora são 20%, contra 17% em abril.
O relatório da sondagem afirma que "os números atuais praticamente repetem os de setembro do ano passado e os da rodada anterior, revelando um quadro de estabilidade nas percepções dos brasileiros acerca do presidente Lula e do seu governo."
A avaliação positiva do governo caiu na faixa de maior escolaridade e renda; entre os mais jovens; entre as mulheres e na região Sul. Por outro lado, a avaliação positiva cresceu entre os homens, nas regiões Sudeste, Norte, Centro-Oeste e na faixa de menor renda.
Ainda segundo o levantamento de junho, 66% aprovam a forma com que o presidente Lula governa (em abril eram 65%); 30% desaprovam (ante 29% em abril); e 5% não sabem ou não responderam. A aprovação teve crescimento entre os homens, na região Sudeste e na faixa de renda entre um e dois salários-mínimos. Já a desaprovação cresceu entre as mulheres, nas faixas etárias mais jovens, na região Sul e nos segmentos de maior escolaridade e renda. A nota média do governo se manteve a mesma de abril para junho: 6,7.
O percentual dos que confiam no presidente Lula caiu de 62% em abril para 61% em junho. O percentual dos que não confiam subiu de 34% para 35%.
A pesquisa CNI/Ibope de junho perguntou aos entrevistados que percepção têm do noticiário sobre o governo Lula. Para 19%, o noticiário é "mais favorável"; para 29% é "nem favorável, nem desfavorável"; para 39% é "mais desfavorável"; não sabem ou não responderam 14% dos entrevistados. Em abril, o percentual dos que consideravam "mais favorável" era de 23%; "nem favorável, nem desfavorável", 40%; "mais desfavorável", 20%; não sabiam ou não responderam 18% dos entrevistados em abril.
Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados quais tinham sido as principais notícias sobre o governo Lula. Na menção espontânea (os entrevistados podiam citar duas), as notícias sobre "denúncias/acusações envolvendo Vavá" foram lembradas por 31% dos entrevistados.
Em seguida, com 14%, vieram "crise nos aeroportos/atrasos nos vôos/problemas nos aeroportos/crise na aviação"; 3% se lembraram das "viagens do presidente Lula"; 3% citaram "ações de investigação da PF/operações da PF contra corrupção"; 2% se lembraram da declaração da ministra do Turismo Marta Suplicy, sobre a atitude de passageiros detidos em aeroportos, o "relaxa e goza"; 2% se referiram à "substituição do ministro das Minas e Energia Silas Rondeau devido a denúncias de corrupção"; 1% citou "o programa de aceleração do crescimento (PAC)/votação das medidas do PAC no Congresso/balanço das ações do PAC".
A pesquisa CNI/Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 140 municípios, de 28 de junho a 1º de julho. A margem de erro da sondagem é dois pontos percentuais.
A queda do juro e o controle da inflação já sensibilizam boa parte da população, mas a carga tributária e a política de combate ao desemprego ainda são reprovadas pela maioria (51%), de acordo com a pesquisa.
A queda da inflação passou a agradar a 50%; esse índice era 45% em abril. A desaprovação caiu de 46% para 42%. O elevado peso dos impostos é reprovado por 65%, índice que apresentou estabilidade. Enquanto a política de combate ao desemprego melhorou para 45%, ante 40% anteriores. Apesar disso,51% ainda estão insatisfeitos com a atuação do governo para a geração de novos postos de trabalho.
As políticas sociais do governo, como educação (55%) e combate à fome (58%) e segurança pública (35%) tiveram aumento na avaliação positiva, embora a questão da segurança ainda registre 61% de rejeição.
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