Indignada com a postura autoritária da Secretária de Educação, Marisa Abreu, que ordenou às coordenadorias regionais que identificassem professores e alunos que participaram de ato público contra o Governo Yeda Crusius, Maristela enviou nota de solidariedade ao CPERS Sindicato e manifestou-se acusando o Governo do Estado de autoritário e retrógado.
Em nota enviada ao CPERS Sindicato, a Vereadora Maristela Maffei lembrou que durante os chamados ''anos de chumbo'', promoveu-se uma grande devassa nas entidades sindicais e milhares de lideranças foram banidas do movimento sindical. ''A luta do período foi árdua, pelo Direito à participação nos sindicatos, nas correntes sindicais e nos partidos políticos'', salientou Maffei.
Eis que, em 2007, quase 20 anos depois de proclamada a nossa Constituição Federal, nos deparamos com a postura autoritária, ditatorial e retrógrada da Secretária da Educação, Mariza Abreu, que orientou as coordenadorias regionais a identificarem professores e alunos que participam de manifestações organizadas pelo Cpers, que, como diz a própria Zero Hora, na coluna da Rosane Oliveira, "medida interpretada como sinal de caça às bruxas".
No site do CPERS, há a denuncia que o memorando circular nº 276/2007 encaminhado às escolas pela 17ª Coordenadoria de Educação, com sede em Santa Rosa, comprova a perseguição política imposta pela SEC e pelas coordenadorias.
Diz o documento enviado pela Secretária de Educação: ''Pelo presente, requeremos com urgência até o dia 28/08/07, a relação com os nomes dos alunos, professores e funcionários das escolas que se fizeram presentes no ato de protesto realizado pelo CPERS Sindicato no dia 09/08/07 em frente à 17ª CRE''.
Diante de uma atitude de desmando como essa, a bancada do PCdoB se soma a manifestação do CPERS que entende que essa atitude, causa constrangimento às comunidades escolares e suas relações democráticas.
Defendemos o direito de manifestação de quem quer que seja. Se a Governadora e seus secretários não querem manifestações contra seu governo, que façam um governo para o povo gaúcho e não contra ele, pois a falta de professores e funcionários e os recursos atrasados continuam. Desde que assumiu a Governadora Yeda Crusius não repassou integralmente, em nenhum mês, os recursos para as escolas.
A Governadora Yeda insiste em cortar verbas estratégicas, como na educação, alegando que estes são gastos, não investimentos, objetivando cumprir a meta de reduzir em R$ 300 milhões os gastos do Estado neste ano.
''A bancada do PCdoB, por mim representada, está ao lado dos professores e funcionários de escolas, dos estudantes, dos pais de alunos que foram às ruas por não aceitar o desmonte da UERGS, nem o sucateamento do ensino fundamental e médio do nosso Estado. Nós gaúchos temos tradição na defesa do nosso patrimônio e grande apresso à defesa da educação universal, pública e de qualidade'', frizou Maristela.
De Porto Alegre
Sônia Corrêa
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