Na semana passada, José Rainha Jr., liderança do MST, manteve encontro com Lula e a Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na cidade de Lins, no interior de São Paulo, quando era inaugurado naquela localidade uma usina de fabricação de biodiesel. Na oportunidade, Rainha formalizou o convite para o Ato, ficando para a assessoria de Lula confirmar a disponibilidade na agenda presidencial.
Na ocasião, a assessoria do Palácio do Planalto comunicou à Comissão Organizadora do Ato que Lula estaria no Pontal do Paranapanema, acompanhado pelos Ministros do Desenvolvimento Agrário e do Trabalho, Guilherme Cassel e Carlos Lupi, respectivamente, no próximo mês.
O Ato também lançará o plano de produção de biodiesel na região do Pontal, bem como pretende-se discutir o processo de reforma agrária na região.
Benefício à região
Com previsão de investimento de R$ 58 milhões em dez anos, o projeto de biodiesel se baseia na cultura do pinhão manso e atenderá, a princípio, cerca de 4 mil pequenos agricultores. ''É a redenção do Pontal. É o primeiro projeto de desenvolvimento, de fato, que a região recebe'', explica a Organização.
A Organização do Ato pretende levar 10 mil pessoas. ''Vamos levar ao ato, no mínimo, 10 mil assentados e acampados. Vamos provar que o povo está ao lado do presidente Lula, desse governo. Não defendemos o Lula por defender. Defendemos a história de quem tem alma e coração do nosso povo'', comenta Rainha Jr.
Exemplo para o governo
O líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), José Rainha, o Zezinho do Pontal do Paranapanema, tem sido apontado como um exemplo de administrador de cooperativa bem-sucedida. E sabe por quem? Pelo Ministério do Desenvolvimento. O secretário-executivo, Benjamim Sucsu, avalia que Rainha desenvolveu um sistema de produção em cooperativas modelar para o País.
O MST conta com seis fábricas, todas informatizadas, que produzem amido, farinha de mandioca, frutas industrializadas, cereais beneficiados e laticínios. A cooperativa do MST tem ainda 40 caminhões próprios. E o melhor: vende tudo que produz.
O Ato de setembro é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST), Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SINTRAF), Movimento dos Agricultores Sem Terra (MAST), UniTerra, Movimento Terra Brasil e Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (FAAAFOP).
Da redação, com agências <http://www.vermelho.org.br>
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