Na matéria veiculada no FANTÁSTICO, O GLOBO e GLOBO NEWS em 26 de agosto, o repórter, o jornal e a rede de tevê deixaram clara a falta de seriedade que é a marca do violento denuncismo usado pela mídia do grande capital para tentar desgastar o governo do presidente Lula e atingir os partidos da base aliada. Este é mais um exemplo do jornalismo de propaganda da direita, feito para confundir e desinformar. E encontra público para esse tipo de serviço, que são os signatários da CLASSE MÉDIA, habituais consumidores desse tipo de "informação". Esse é o PERFIL DOS LEITORES DE VEJA. Numa mão CARNÊS DE FINANCIAMENTO e na outra, MUITA DESINFORMAÇÃO.
O vale tudo da imprensa para requentar denúncias do chamado ''mensalão'', atacar o governo do presidente Lula e os partidos da base aliada, voltou a operar com força total. Domingo, dia 26 de agosto, o ''Fantástico'', da rede Globo, colocou no ar a notícia de que recursos do Ministério do Esporte teriam circulado por contas bancárias da agência SMP&B, de Marcos Valério, ajudando a irrigar aquele suposto esquema. A mesma notícia havia sido capa da edição dominical do jornal O Globo e foi reproduzida também no noticiário da Globo News, do mesmo truste empresarial jornalístico.
O noticiário descreve um fantasioso roteiro que o dinheiro teria seguido, entre o Banco do Brasil e contas do Banco Rural, até chegar às mãos de um deputado do PT acusado no processo em curso no STF.
Este é mais um exemplo de jornalismo de má qualidade, que deixa vários pontos sem esclarecimento. A origem da ''notícia'' é a ampla auditoria feita pelo TCU nos contratos de publicidade do Ministério do Esporte, de 2001 e 2005, e que resultou no questionamento de dois deles, de 2003, que somam R$ 202.462,01. Como o próprio Ministério esclareceu, em nota divulgada à imprensa no dia 27, este valor se refere ao pagamento da ''veiculação de comercial na TV Globo, 280 mil exemplares da Cartilha do Torcedor (Estatuto do Torcedor), produção de vídeo de 40 minutos sobre os Jogos Indígenas, 15 mil camisetas para o programa Segundo Tempo; e remontagem de filme sobre jogos indígenas para veiculação em Palmas''.
Estes produtos foram recebidos, conferidos pelo fiscal do contrato e utilizados; e pagos. Sem sinal de irregularidade, como o TCU pode comprovar. Tanto que o tribunal declarou que aqueles questionamentos são ''inconsistentes'', como consta no acórdão nº 2.249/2005-Plenário, do TCU, publicado no Diário Oficial da União de 3 de janeiro de 2006. A Controladoria Geral da União também fez a auditoria daqueles contratos e igualmente não encontrou irregularidades.
Embora estas informações sejam públicas e acessíveis, elas não foram levadas nem conta pelo repórter nem pelos editores do jornal e da emissora. Não foram sequer investigadas, numa atitude de completa irresponsabilidade, como o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz classificou a divulgação parcial daquelas notícias.
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