O fim das férias e a conseqüente redução do número de cancelamento de vôos e do excesso de passageiros não reduzirá a probabilidade de acontecer um novo caos aéreo nos EUA. Segundo o jornal The New York Times, o problema está em uma malha aeroportuária limitada, que já está com sua capacidade esgotada.
De acordo com o New York Times, os passageiros se mostram visivelmente inconformados com atrasos, especialmente os que estão habituados ao vôo 1659, da American Airlines.
Um levantamento mostra que em 87% dos pousos no aeroporto de O'Hare, que serve à região de Chicago e que é um dos mais movimentados do país , este vôo está atrasado em pelo menos 15 minutos. Quando o atraso é reconhecido oficialmente, pode chegar a 87 minutos - o tempo que o aparelho, um MD-80, leva para voar toda a sua rota.
"É uma bagunça inacreditável aqui", contou Charyl Geib que trabalha como gerente corporativa da empresa de contabilidade Grant Thornton e tem entre suas funções a tarefa de conseguir vôos para centenas de trabalhadores.
Para muitos passageiros, o sistema aeroviário está caótico. Aviões ficam parados por mais de oito horas no caso de pista encoberta por neve e vôos são cancelados quando pilotos não aparecem.
Empresas aéreas, para ganhar mais, estão aumentando a oferta de vôos nos últimos dias e sempre planejam partidas com 30 minutos ou menos de diferença entre uma e outra. Escala que nunca é cumprida.
O aeroporto de Newark registra mais da metade de atrasos crônicos. Suas operações estão "particularmente vulneráveis a problemas climáticos", segundo conta Leo Prusak, administrador do distrito de Nova York para a Administração Federal de Aviação, que engloba os aeroportos Kennedy e La Guardia.
A Continental Airlines e sua operadora regional de jatos, ExpressJet, tem a maior parte dos vôos que saem de Newark. E a ExpressJet, que opera sob o nome da Continental, tem mais de um terço dos vôos cronicamente atrasados.
Especialistas concordam que escalas mais realistas poderiam ajudar na resolução do problema dos atrasos.
Existe alguma coisa errada com o sistema quando empresas têm a permissão para agendar seus vôos de forma que, na média, as decolagens tenham uma hora ou mais de atraso, escreveu o diário.
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