terça-feira, 4 de setembro de 2007

PSDB busca novo presidente e rechaça pretensões de FHC

Tenho visto a maioria dos blogs "anti-Lula" (oposição?), noticiarem com extrema importância, dada por eles, o congresso do PT que foi realizado no último final de semana. Claro que esse congresso foi muito importante, principalmente para os Petistas, porém repercutiu muito mais no PSDB que em qualquer outro meio.

Engraçado como o PT traz preocupação em setores da oposição, principalmente os mais ferrenhos adversários, como é o caso dos TUCANOS. Deveriam preocupar-se com a casa deles, em vez de vigiar a casa do vizinho.


CONVENÇÃO

A exemplo do PT, o PSDB prepara-se para renovar a sua direção nacional. Em convenção marcada para 23 de novembro, o senador Tasso Jereissati (CE) deve ser substituído na presidência da legenda pelo também senador Sérgio Guerra (PE), ex-coordenador da frustrada campanha presidencial de Geraldo Alckmin.

Integrantes do grupo de Fernando Henrique Cardoso patrocinaram uma articulação para tentar acomodá-lo na vaga de Tasso. O ex-presidente chegou a animar-se com a possibilidade. Porém, deu meia-volta ao notar que os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais) torceram o nariz para a idéia.

Os partidários de FHC entendiam que ninguém mais do que ele teria autoridade para dar ao partido uma feição oposicionista. Nos subterrâneos, Serra e Aécio deram a entender que o oposicionismo linha dura não lhes interessa. Preferem preservar a relação de morde-e-assopra que vêm mantendo com o governo Lula.

Diante da impossibilidade de ser ungido pelo partido, FHC preferiu associar-se, ele próprio, à costura do nome de Sérgio Guerra, considerado mais "neutro". No momento, Guerra conta com o apoio dos principais cardeais do PSDB. Está muito próximo da aclamação.

Há ainda um pequeno grupo manejando no tabuleiro o nome de Geraldo Alckmin. Mas são escassas as chances de que o ex-presidenciável venha a substituir Tasso. Tão exíguas que o próprio Alckmin evita posicionar-se como candidato à sucessão interna. Mesmo entre quatro paredes, simula desinteresse pelo posto. Restou-lhe a alternativa de concentrar-se na pavimentação de uma candidatura à prefeitura de São Paulo, em 2008.

Além da escolha do novo presidente, o tucanato fará uma atualização do seu ideário e do seu estatuto. A legenda considera que o programa em vigor, aprovado em 1989, caducou. Entende-se que os principais desafios previstos no texto -a estabilidade econômica e a universalização do acesso à escola, por exemplo-já foram vencidos.

O partido vem realizando seminários regionais, para colecionar idéias. Já fez meia dúzia de encontros. Fará mais dois: desenvolvimento social, em 14 de setembro, e desenvolvimento regional, em 17 de setembro. Vencida essa fase, o PSDB reunirá, em 22 de novembro, véspera da convenção em que será escolhido o novo presidente, o seu 3º Congresso Nacional. Servirá para aprovar as mudanças programáticas e estatutárias.

É no mínimo curioso que, nesse instante de "renovação", o tucanato hesite em assumir os seus supostos pendores oposicionistas. Além de Freud, só uma pesquisa encomendada pelo próprio PSDB é capaz de explicar o drama.

Conforme já noticiado no Blog do Josias (http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/), uma sondagem de opinião pública feita a pedido do PSDB indicou que a popularidade de Lula é tão viçosa que, não fosse pelo óbice constitucional, 56% dos eleitores brasileiros topariam reeleger o presidente para um terceiro mandato. Serra e Aécio, as duas principais alternativas de poder dos tucanos, aparentemente preferem não dar murro em ponta de fato.

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