João Pedro é relator do processo que verifica se Calheiros usou a máquina pública para beneficiar a fábrica de bebidas Schincariol.
As denúncias desse fim de semana acusam o presidente do Senado de receber "sacolas" de dinheiro arrecadado em ministérios comandados pelo PMDB. A denúncia, caricata e muito semelhante a outras denúncias fantasiosas como os "dólares de Cuba" e o "financiamento petista às Farc", não foram levadas muito a sério em Brasília.
O próprio relator de um dos processos contra Renan no Senado prefere não considerar a nova denúncia em sua análise.
"Eu sou relator de uma representação que investiga denúncias contra Calheiros em Alagoas e querem aditar relações dele em Brasília? Não dá", disse nesta segunda-feira o O senador João Pedro (PT-AM).
A afirmação de João Pedro foi feita diante da ameaça do PSOL de apresentar um aditamento das novas denúncias contra Calheiros na segunda representação. O partido fala que caso isso não seja possível, não descarta a possibilidade de uma quarta representação.
Sobre as "novas" denúncias, publicadas pela revista Época, o presidente do Senado emitiu uma nota rebatendo a estratégia da mídia de requentar denúncias já engavetadas para mantê-lo sobre pressão.
Na nota, Renan diz que "A matéria, requentada, publicada nos jornais e revistas deste fim de semana, relatando declarações à Polícia Civil de Brasília, prestadas pelo senhor Bruno de Miranda Lins, envolvendo meu nome, trata-se de um depoimento feito no curso de uma separação litigiosa de uma funcionária do meu Gabinete. A Justiça não deu nenhum valor jurídico ao assunto, por tratar-se de visível expediente de provocar escândalo e pressões processuais sobre pessoas que nada tem a ver com briga de casais".
"O fato a mim atribuído é inteiramente falso, fruto de imaginação e má fé", afirma o senador na nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário