Como é comum acontecer com iniciativas que tentam jogar alguma luz sobre os negócios na área da comunicação, as empresas - neste caso, a Editora Abril - jogam pesado contra a CPI. Apesar de o requerimento contar com 182 assinaturas e aguardar apenas o despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, sua instalação não está garantida. Usando a pressão direta e indireta (especialmente através da revista Veja), a Abril tenta fazer com que os parlamentares retirem seu apoio à CPI.
Como forma de pressionar no sentido contrário, o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação lançou um abaixo-assinado online pela instalação e mesmo a ampliação do foco da CPI.
Para o Intervozes, o episódio de que trata o pedido de investigação "é revelador da dimensão do poder dos grandes grupos de mídia enquanto atores políticos e de como a lógica econômica predomina em detrimento do interesse público no campo das comunicações".
Além disso, o Coletivo lembra que também outras transações no setor de TV por assinatura, como a venda de ações da NET para a Embratel (controlada pela mexicana Telmex), poderiam ser objeto da CPI.
O Intervozes ressalta que apesar da denúncia surgir em meio aos escândalos envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a disputa entre ele e a própria Editora Abril, que tomou partido pela sua cassação, os fatos envolvendo a venda da TVA são graves e não podem ser obscurecidos por esta querela.
Para ler e assinar o manifesto, clique aqui. <http://www.petitiononline.com/CPI_TVA/petition.html>
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