terça-feira, 6 de novembro de 2007

PSDB adiou reunião sobre CPMF para evitar racha no Partido

O governo pode comemorar como um sinal positivo o cancelamento da reunião da Comissão Executiva Nacional do PSDB, marcada para esta terça-feira (6), quando seria analisada a proposta de compensações em troca do apoio do partido à prorrogação da CPMF. Ao anunciar o adiamento da reunião, sem definição de nova data, o senador Sérgio Guerra (PE), argumentou que não haveria tempo para a análise detalhada da proposta do governo.

Na realidade, a cúpula partidária teme que eventual confronto entre as bancadas do Senado e da Câmara dos Deputados, que defende a extinção do tributo, termine por rachar politicamente o partido. Os dirigentes tucanos tentam ganhar tempo para reverter uma tendência majoritariamente contrária até mesmo à discussão desse acordo com o governo.

É possível também que tenha havido interferência na questão dos governadores tucanos. Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, por exemplo, estão fora do País e não poderiam participar ativamente da decisão.

O curioso é que foi o próprio PSDB a dar ao governo prazo até o meio dia de hoje para que apresentasse uma contraproposta à lista de seis condições estabelecida pelo partido para ajudá-lo a aprovar a prorrogação da cobrança. Guerra e o presidente da legenda, Tasso Jereissati (CE) e o líder da bancada, Arthur Virgílio (AM), estiveram reunidos com o ministro Guido Mantega, no gabinete dele na Fazenda.

Agência Estado

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