Nesta quarta-feira (11), estudantes tomarão as ruas do centro de Porto Alegre para exigir a apuração das denúncias envolvendo o chefe da Casa Civil do governo gaúcho, Paulo Feijó (DEM), além de reafirmar a necessidade de por fim ao projeto neoliberal implantado pela governadora, Yeda Crusius (PSDB).
A manifestação acontecerá pela manhã em frente ao palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Os estudantes cobrarão o esclarecimento das denúncias de utilização de verbas públicas para financiar campanhas políticas aqui no estado, além de reivindicar o fim da implantação do projeto neoliberal no estado.
Há exatamente uma semana atrás, na última segunda-feira (2), o governo tucano já havia enfrentado protestos estudantis contra o abandono da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Eles também reivindicaram a realização do vestibular e mais investimentos na UERGS.
A manifestação teve início na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, de onde os estudantes seguiram em passeata até a reitoria da UERGS. Durante o ato, os estudantes tiveram uma reunião com o pró-reitor de ensino da UERGS, Eloi Garcia. Ele informou que não será aberto vestibular para todas as unidades e cursos. Segundo Garcia, a não-abertura do vestibular é fruto da falta de investimentos do Governo do Estado.
Foi criada, também, uma subcomissão de educação em defesa da UERGS, formada na Assembléia Legislativa, que aprovou um calendário de manifestações nas unidades da universidade até o dia 20 de junho e, por fim, a realização de um grande ato estadual em Porto Alegre, no próximo dia 30. O local será definido em breve.
Os alunos ainda tiveram uma reunião com o secretário da Casa Civil, Cezar Bussatto, que admitiu não haver recursos para os investimentos e reforçou que a política desenvolvida pelo Estado não garante o desenvolvimento da UERGS. Mas assim, como o pró-reitor, ele se comprometeu a atender as reivindicações dos alunos.
Para o vice-presidente da UNE no Rio Grande do Sul, Matheus Fiorentini, "o ato mostra que os estudantes da UERGS estão unidos e mobilizados para lutar pela melhoria da universidade e que suas demandas continuam nítidas".
"A luta maior dos estudantes ainda são as eleições diretas para reitor e mais investimentos na universidade, mas podemos alinhar a isso outras lutas, em que os alunos terão uma voz mais forte se permanecerem unidos", completou Mateus.
UNE
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