Não se pode ignorar os riscos decorrentes da inflação, mas não se deve transformá-la no cerne principal da política econômica. Celso Furtado dizia que a inflação é parte integrante do sistema econômico e que uma economia sem inflação teria que ser muito homogênea, sem tensões sociais, o que está bem distante da realidade brasileira.
O país acaba de divulgar um crescimento de 5,8% do PIB no primeiro trimestre, com a indústria a todo vapor e o investimento em alta há quase um ano e meio. Já se projeta um crescimento anual de 5%, com base no crescimento de 5,8% nos últimos 12 meses, o maior desde 1996. É um resultado alvissareiro, mas o velho medo da inflação pode criar obstáculos ao crescimento esperado.
O consumo das famílias, que se expandiu com o acesso das classes C e D aos bens de consumo, é apontado como risco de inflação, mas o nível de investimento tem sido maior, o que proporciona um razoável equilíbrio. Se Celso Furtado estivesse vivo, provavelmente estaria feliz com o crescimento da economia, após longa estagnação.
Furtado sempre defendeu o crescimento como prioridade. O Brasil passou muito tempo sem crescer atado ao mito do combate à inflação. Um país com tantas desigualdades precisa do crescimento para resolver seus problemas. Isso tem sido demonstrado nesse curto período de crescimento que estamos vivendo.
O combate à inflação tem seus custos. Os mecanismos tradicionais acarretam aumento da dependência aos fluxos externos, crescimento do desemprego e da dívida interna. A sociedade tem que participar do debate sobre os rumos da política econômica. A inflação não está fora da meta e priorizá-la seria deixar que a economia “resolva” uma questão essencialmente política.
O país acaba de divulgar um crescimento de 5,8% do PIB no primeiro trimestre, com a indústria a todo vapor e o investimento em alta há quase um ano e meio. Já se projeta um crescimento anual de 5%, com base no crescimento de 5,8% nos últimos 12 meses, o maior desde 1996. É um resultado alvissareiro, mas o velho medo da inflação pode criar obstáculos ao crescimento esperado.
O consumo das famílias, que se expandiu com o acesso das classes C e D aos bens de consumo, é apontado como risco de inflação, mas o nível de investimento tem sido maior, o que proporciona um razoável equilíbrio. Se Celso Furtado estivesse vivo, provavelmente estaria feliz com o crescimento da economia, após longa estagnação.
Furtado sempre defendeu o crescimento como prioridade. O Brasil passou muito tempo sem crescer atado ao mito do combate à inflação. Um país com tantas desigualdades precisa do crescimento para resolver seus problemas. Isso tem sido demonstrado nesse curto período de crescimento que estamos vivendo.
O combate à inflação tem seus custos. Os mecanismos tradicionais acarretam aumento da dependência aos fluxos externos, crescimento do desemprego e da dívida interna. A sociedade tem que participar do debate sobre os rumos da política econômica. A inflação não está fora da meta e priorizá-la seria deixar que a economia “resolva” uma questão essencialmente política.
Mair P. Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário