Levantamento feito entre titulares e suplentes do Conselho de Ética da Câmara aponta para a absolvição do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical. A expectativa é que o relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que pede a cassação do mandato de Paulinho, seja rejeitado por, no mínimo, oito do total de 15 integrantes do Conselho que terão direito a voto na próxima semana.
Alguns dos entrevistados preferiram não se manifestar abertamente. Paulinho é suspeito de participar de esquema fraudulento de liberação de verbas do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), descoberto durante a Operação Santa Tereza da Polícia Federal (PF). A provável absolvição de Paulinho no Conselho de Ética faria parte de acordo celebrado no período pré-eleitoral, que viabilizou o apoio do bloquinho - integrado pelo PDT, PSB, PCdoB, PMN e PRB - à candidatura da ex-ministra Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo.
"Tudo indica que houve uma negociação em troca do apoio à candidatura da Marta", afirmou ontem o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP). "O espírito de corpo, a Força Sindical e o peso do presidente Lula tendem a ser muito maiores do que a opinião pública", observou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ao apostar que o processo contra Paulinho na Câmara vai acabar em pizza.
A abertura no Conselho de Ética de processo contra o deputado do PDT foi feita pelo PSOL. O relatório favorável à cassação de Paulinho deverá ser acompanhado apenas pelos partidos de oposição. Os dois deputados titulares do PSDB no Conselho - Mendes Thame (SP) e Ruy Pauletti (RS) - , Moreira Mendes (PPS-RO) e Solange Amaral (DEM-RJ) são votos certos pela cassação.
Já o deputado Efraim Filho (DEM-PB) deverá votar contra o relatório. A cúpula do DEM recomendou o voto a favor da cassação, mas decidiu que isso não será tratado como uma questão partidária. Os integrantes de partidos aliados deverão votar em peso contra o relatório.
Piau não deverá ter o apoio nem mesmo dos integrantes de seu partido. "Não existem provas cabais, concretas contra o Paulinho", argumentou o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), ao justificar o voto contra a cassação. O deputado Antônio Andrade (PMDB-MG) não se pronunciou oficialmente sobre o relatório, mas a amigos confidenciou que está propenso a votar contra.
Os dois representantes do bloquinho no Conselho - o deputado Dagoberto (PDT-MS) e Abelardo Carmarinha (PSB-SP) - anunciaram o voto contra o relatório de Paulo Piau. O deputado Sandes Júnior (PP-GO) também deu sinais que votará contra a cassação. Mesma posição deverá ser seguida pelo presidente do Conselho, Sérgio Morais (PTB-RS).
O deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que deverá votar no lugar do corregedor Inocêncio Oliveira (PR-PE), também deverá votar pela absolvição de Paulinho. Os dois deputados do PT - Fernando Melo (AC) e Leonardo Monteiro (MG) - não se pronunciaram publicamente sobre seus votos.
Uma das estratégias para absolvição de Paulinho é que, no lugar dos titulares petistas, votem deputados suplentes da base aliada. Os deputados Marcelo Ortiz (PV-SP) e Hugo Leal (PSC-RJ) são suplentes que estão prontos para derrubar o pedido de cassação.
Se os dois titulares petistas não votarem, o relatório de Paulo Piau deverá ser derrubado por dez votos - contará com apenas cinco favoráveis. "Espero que o meu relatório seja aprovado pela consistência. Há provas cabais contra a quebra de decoro. Agora não há provas de crime", reconheceu ontem o deputado Paulo Piau.
A interlocutores, ele admitiu que dificilmente seu relatório será aprovado. Nas 15 páginas de relatório, Piau apresentou os fatos que o levaram a concluir que "foi montado um esquema fraudulento sobre a liberação de verbas pelo BNDES" com a anuência de Paulinho. Com base no inquérito da Polícia Federal, o relatório aponta que parte do dinheiro liberado pelo BNDES foi distribuído entre Paulinho e outros integrantes do esquema.
Alguns dos entrevistados preferiram não se manifestar abertamente. Paulinho é suspeito de participar de esquema fraudulento de liberação de verbas do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), descoberto durante a Operação Santa Tereza da Polícia Federal (PF). A provável absolvição de Paulinho no Conselho de Ética faria parte de acordo celebrado no período pré-eleitoral, que viabilizou o apoio do bloquinho - integrado pelo PDT, PSB, PCdoB, PMN e PRB - à candidatura da ex-ministra Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo.
"Tudo indica que houve uma negociação em troca do apoio à candidatura da Marta", afirmou ontem o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP). "O espírito de corpo, a Força Sindical e o peso do presidente Lula tendem a ser muito maiores do que a opinião pública", observou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ao apostar que o processo contra Paulinho na Câmara vai acabar em pizza.
A abertura no Conselho de Ética de processo contra o deputado do PDT foi feita pelo PSOL. O relatório favorável à cassação de Paulinho deverá ser acompanhado apenas pelos partidos de oposição. Os dois deputados titulares do PSDB no Conselho - Mendes Thame (SP) e Ruy Pauletti (RS) - , Moreira Mendes (PPS-RO) e Solange Amaral (DEM-RJ) são votos certos pela cassação.
Já o deputado Efraim Filho (DEM-PB) deverá votar contra o relatório. A cúpula do DEM recomendou o voto a favor da cassação, mas decidiu que isso não será tratado como uma questão partidária. Os integrantes de partidos aliados deverão votar em peso contra o relatório.
Piau não deverá ter o apoio nem mesmo dos integrantes de seu partido. "Não existem provas cabais, concretas contra o Paulinho", argumentou o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), ao justificar o voto contra a cassação. O deputado Antônio Andrade (PMDB-MG) não se pronunciou oficialmente sobre o relatório, mas a amigos confidenciou que está propenso a votar contra.
Os dois representantes do bloquinho no Conselho - o deputado Dagoberto (PDT-MS) e Abelardo Carmarinha (PSB-SP) - anunciaram o voto contra o relatório de Paulo Piau. O deputado Sandes Júnior (PP-GO) também deu sinais que votará contra a cassação. Mesma posição deverá ser seguida pelo presidente do Conselho, Sérgio Morais (PTB-RS).
O deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que deverá votar no lugar do corregedor Inocêncio Oliveira (PR-PE), também deverá votar pela absolvição de Paulinho. Os dois deputados do PT - Fernando Melo (AC) e Leonardo Monteiro (MG) - não se pronunciaram publicamente sobre seus votos.
Uma das estratégias para absolvição de Paulinho é que, no lugar dos titulares petistas, votem deputados suplentes da base aliada. Os deputados Marcelo Ortiz (PV-SP) e Hugo Leal (PSC-RJ) são suplentes que estão prontos para derrubar o pedido de cassação.
Se os dois titulares petistas não votarem, o relatório de Paulo Piau deverá ser derrubado por dez votos - contará com apenas cinco favoráveis. "Espero que o meu relatório seja aprovado pela consistência. Há provas cabais contra a quebra de decoro. Agora não há provas de crime", reconheceu ontem o deputado Paulo Piau.
A interlocutores, ele admitiu que dificilmente seu relatório será aprovado. Nas 15 páginas de relatório, Piau apresentou os fatos que o levaram a concluir que "foi montado um esquema fraudulento sobre a liberação de verbas pelo BNDES" com a anuência de Paulinho. Com base no inquérito da Polícia Federal, o relatório aponta que parte do dinheiro liberado pelo BNDES foi distribuído entre Paulinho e outros integrantes do esquema.
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