O diretor afastado da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, afirmou que são “levianas, despropositadas, que no momento oportuno serão objeto de uma ação na Justiça” as declarações do presidente da Associação dos Servidores da agência, Nery Kluwe Aguiar Filho, de que ele faria relatórios “técnicos-policiais” de interceptações telefônicas e e-mails da Operação Satiagraha.
Kluwe disse a um jornal que fez essa afirmação em depoimento na sindicância do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), na semana passada, no inquérito que apura em quais circunstâncias chegou para a mídia o suposto grampo de uma conversa telefônica do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, com um senador. A Polícia Federal, que investiga o assunto, não descobriu, até agora, o autor, porém indicou que a fonte da matéria da “Veja” partiu de alguém dentro da Abin. A revista da Abril se recusa sequer a divulgar o áudio (se existe) do tal grampo.
Kluwe é acusado de ser colaborador e propagador de intrigas para a mídia oposicionista e também é apontado como interessado numa campanha para desqualificar o delegado Paulo Lacerda.
Quando tomou posse na agência, há um ano, Paulo Lacerda descobriu que havia uma série de desmandos praticados por funcionários, nos quais o presidente da associação estava envolvido. Segundo o delegado da PF que investiga o suposto grampo, William Morad, por causa disso existe “uma corrente de pensamento” apontando que Nery Kluwe teria o interesse de derrubar o diretor afastado da Abin.
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