Sindicato denuncia uso privado da PM paulista
Atualizado em 17 de setembro de 2009 às 18:28 | Publicado em 16 de setembro de 2009 às 19:39
Sindicato denuncia ao MPT reunião entre bancos e PM Bancários reagem contra o atentado ao direito constitucional de greve
São Paulo – Uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Esse é o próximo passo da reação do Sindicato frente à reunião secreta entre os responsáveis pela segurança dos bancos e a Polícia Militar (PM) convocada pela federação dos bancos (Febraban) para tratar do “planejamento de ações conjuntas frente aos movimentos grevistas em andamento no mês”. O encontro aconteceu na sexta-feira 11, segundo documento encaminhado ao Sindicato, e configura crime contra a organização do trabalho por parte Febraban.
Na denúncia ao MPT, o Sindicato reforça que o “movimento grevista” é um direito garantido ao trabalhador pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei 7.783 (Lei de Greve), que atesta: “assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. Os bancários lembram também que não é função da PM trabalhar em defesa de interesses particulares, no caso, dos banqueiros.
“Já cobramos também esclarecimentos à Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo e ao Comando da PM”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Não vamos aceitar de maneira nenhuma essa afronta ao legítimo direito de greve dos trabalhadores. A mobilização é a arma mais poderosa que os trabalhadores têm contra a força do poder econômico dos bancos”, acrescenta. “A ação repressora vai ter efeito contrário, pois, após essa reunião, em vez de nos amedrontarmos, os bancários irão com ainda mais vontade para a luta”, completa.
Respaldo da base - As palavras de Marcolino têm respaldado dos trabalhadores. Em mensagens enviadas via e-mail, eles mostraram revolta e disposição para a luta. "Vamos brigar na Justiça ou apenas nas ruas? Nas ruas eu sei que nós poderemos apanhar. Mas na Justiça a coisa é diferente! Obrigado pelo grande serviço prestado por vocês!". O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, responde: "Vamos 'brigar' em todas as instâncias pelo direito de manifestação dos trabalhadores".
A falta de respeito com os bancários também foi citada: "Os banqueiros estão admitindo, através dessa atitude, que não têm o menor respeito pelos bancários, pelas instituições que garantem o direito à greve, pelas reivindicações e ainda estão antecipando que não estão dispostos ao acordo. É lamentável".
Uma frase atribuída ao escritor Millôr Fernandes também foi enviada: "democracia é governo em prol de uma minoria esmagadora". O internauta completa: "da ganância dos banqueiros e do despreparo dos PMs não se pode esperar coisa boa".
São Paulo – Uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Esse é o próximo passo da reação do Sindicato frente à reunião secreta entre os responsáveis pela segurança dos bancos e a Polícia Militar (PM) convocada pela federação dos bancos (Febraban) para tratar do “planejamento de ações conjuntas frente aos movimentos grevistas em andamento no mês”. O encontro aconteceu na sexta-feira 11, segundo documento encaminhado ao Sindicato, e configura crime contra a organização do trabalho por parte Febraban.
Na denúncia ao MPT, o Sindicato reforça que o “movimento grevista” é um direito garantido ao trabalhador pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei 7.783 (Lei de Greve), que atesta: “assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. Os bancários lembram também que não é função da PM trabalhar em defesa de interesses particulares, no caso, dos banqueiros.
“Já cobramos também esclarecimentos à Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo e ao Comando da PM”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Não vamos aceitar de maneira nenhuma essa afronta ao legítimo direito de greve dos trabalhadores. A mobilização é a arma mais poderosa que os trabalhadores têm contra a força do poder econômico dos bancos”, acrescenta. “A ação repressora vai ter efeito contrário, pois, após essa reunião, em vez de nos amedrontarmos, os bancários irão com ainda mais vontade para a luta”, completa.
Respaldo da base - As palavras de Marcolino têm respaldado dos trabalhadores. Em mensagens enviadas via e-mail, eles mostraram revolta e disposição para a luta. "Vamos brigar na Justiça ou apenas nas ruas? Nas ruas eu sei que nós poderemos apanhar. Mas na Justiça a coisa é diferente! Obrigado pelo grande serviço prestado por vocês!". O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, responde: "Vamos 'brigar' em todas as instâncias pelo direito de manifestação dos trabalhadores".
A falta de respeito com os bancários também foi citada: "Os banqueiros estão admitindo, através dessa atitude, que não têm o menor respeito pelos bancários, pelas instituições que garantem o direito à greve, pelas reivindicações e ainda estão antecipando que não estão dispostos ao acordo. É lamentável".
Uma frase atribuída ao escritor Millôr Fernandes também foi enviada: "democracia é governo em prol de uma minoria esmagadora". O internauta completa: "da ganância dos banqueiros e do despreparo dos PMs não se pode esperar coisa boa".
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