sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nivaldo Santana

As contradições de Serra

À medida que a campanha se desenvolve, Serra escancara seu perfil de neo-direitista. Sem programa e sem propostas, seu esporte predileto, agora, é acionar sua metralhadora giratória para atacar o atual governo, o futuro governo Dilma, as centrais sindicais e por aí vai.

Em uma reunião com a UGT, nesta semana, ele tachou os dirigentes das centrais sindicais brasileiras de “profissionais da mentira”. Tudo porque ele assumiu a paternidade do seguro-desemprego,do FAT e foi impiedosamente desmascarado.

Em uma reunião esvaziada com intelectuais e artistas no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira,  (o portal “O Globo” divulgou que eram aguardadas mais de 300 pessoas e apareceu menos da metade) ele voltou a bater na tecla de que o Brasil se transformou em uma República Sindicalista.

Destemperado, fala que “uma elite sindical alinhada com o governo recebe dinheiro para fazer trabalho político partidário”. A ira do tucano é porque a imensa maioria dos sindicalistas brasileiros é contra a sua candidaduta. Tudo pela simples e boa razão de que defender os direitos dos trabalhadores não é, definitivamente, a praia do ex-governador paulista.

Esses discursos raivosos demonstram que o poleiro dos tucanos está parecendo aquele famoso edifício que balança, mas não cai (ainda). Falar em partidarização do Estado é piada, como também é piada o privatista Serra dizer que vai “reestatizar o Estado!?”

Justo ele que, quando prefeito de São Paulo, loteou a administração com ex-prefeitos do interior, escalados para ocupar as sub-prefeituras da Capital e se alinhar com sua facção na luta interna do PSDB.. Uma parte desses sub-prefeitos não conhecia nem a cidade que iriaa “administrar”..

Na base do faço o que eu mando, não faça o que eu faço, esses apadrinhados importados não eram produto de aparelhamento, a escolha deve ter obedecido a estranha lógica meritocrática do tucanato.

No terreno da cultura e das artes,  o candidato peessedebista vociferou contra os patrocínios da Petrobras, achando que, por ser estatal, esses apoios caracterizariam dirigismo cultural, tese que só pode ter sido acalentada nas famosas noites insones do tucano. 

Esse falso campeão da moralidade, quando governador, deitou e rolou com a Sabesp, empresa de saneamento básico paulista.  Usava a empresa para propaganda do seu governo em todo o país. Nesse caso,  tudo era normal, nada a reclamar

Para os amigos tudo, para os inimigos a lei (de talião). Aí já é Dilmais!!!

 

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